Em junho de 2024, o fluxo de visitas em shopping center cresceu 10% nas lojas físicas no mês de junho em relação ao mês anterior. Os lojistas de rua contaram com crescimento de 6%. Na margem, o descolamento no fluxo de visitação entre os tipos de loja se mantém. Os indicadores, divulgados nesta quarta-feira, 31, fazem parte do “Mapeamento de fluxo de visitas em shopping centers e lojas físicas do Brasil”, apresentado pela Sociedade Brasileiro de Varejo e Consumo (SBVC).
O faturamento também cresceu e foi 10% maior nas lojas ruas em junho em relação a maio, ainda que o fluxo tenha caído 2%. Porém, o crescimento de 7%, no ticket médio, exclusivamente neste tipo de loja, pode explicar o faturamento maior.
“De modo geral, o varejo restrito manteve seu crescimento pelo quinto mês consecutivo, segundo a PMC, alcançando um desempenho além das expectativas do mercado. Esse avanço reflete o fortalecimento do consumo das famílias, sustentado por um mercado de trabalho aquecido e aumento da renda”, explica Eduardo Terra, presidente da SBVC.
Segundo o executivo, setores como hiper e supermercados, além de tecidos e vestuários, mostraram uma performance robusta, beneficiados por esses fatores econômicos positivos, enquanto segmentos mais sensíveis ao crédito, enfrentaram dificuldades, impactados por taxas de juros ainda elevadas. “No varejo ampliado, embora tenha havido crescimento, alguns setores foram prejudicados por condições climáticas adversas e um ambiente econômico que ainda não favorece grandes investimentos, demonstrando a complexidade do cenário atual.” afirma o presidente da instituição.
“Vemos que mesmo depois de um mês de maio aquecido, por conta do Dia das Mães, junho seguiu trazendo resultados evolutivos bastante positivos para o setor. Ainda que o fluxo cresça timidamente tanto na comparação tanto mensal quanto anual, os indicadores de vendas e faturamento vêm alcançando altas de 2 dígitos, o que traz a tendência de um varejo mais fortalecido, ainda que num ambiente bastante instável do ponto de vista político e econômico. Por isso a importância de ter operações mais enxutas, eficientes e calcadas em tecnologia para calçar cenários mais austeros que possam surgir”, comenta Flávia Pini, sócia da HiPartners Capital & Work.
O estudo
O levantamento apresenta números e insights sobre a presença dos consumidores e as vendas em shopping centers e lojas físicas em todo o País no primeiro semestre de 2024. Os dados são oriundos da FX Data Intelligence e da F360°, investidas da HiPartners, Venture Capital focado em Retail Techs, e chancelados pela 4Intelligence e pela SBVC.
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