Ser uma empresa que constrói um futuro inovador e que aproxima negócios e pessoas por meio de soluções simplificadas. É assim que o superintendente da Getnet, Daniel Tafelli, define o objetivo atual da empresa de tecnologia do Grupo Global PagoNxt. “Buscamos disponibilizar soluções e meios de pagamento que sejam aderentes ao que meus clientes precisam”, explica.
Para o executivo, o surgimento de novos meios de pagamento, como o Pix, reforçou a ideia de que os métodos para pagar uma compra hoje vão muito além dos cartões. A partir desse entendimento, a Getnet tem buscado entrar nesse universo das inovações e ofertar as soluções que melhor se adequam a cada tipo e tamanho de cliente.
O superintendente também ressalta que e-commerce e mundo físico têm características e necessidades próprias. No mundo físico, uma das inovações que Tafelli destaca é a POS Digital, uma maquininha de cartão que possui acesso a todos os aplicativos da GetStore. Isso permite ao lojista utilizar e acessar as soluções personalizadas que são oferecidas de uma maneira mais prática e simples.
“Essa solução permeia tanto os grandes clientes quanto os pequenos. Todos eles podem desenhar os aplicativos ideais de frente de caixa, gestão e conciliação, por exemplo. No mundo físico, então, eu acho que a POS digital foi uma grande quebra de paradigma que a Getnet lançou”, destacou.
O momento do setor
Apesar do momento de instabilidade, a pandemia foi um fator que causou a aceleração do e-commerce e, da mesma maneira, gerou impacto nos meios de pagamento digitais. Uma das consequências evidentes que Tafelli pontua desse movimento forçado é o aumento da penetração do e-commerce no volume de transações total dentro das adquirentes. “Antes, girava em torno de 15% a 20% em todas as adquirentes e agora a gente vê que esse número está mais próximo de 30%”, pontua.
O executivo também chama a atenção para o chamado link de pagamento, função que já existia no mercado, mas cuja utilização cresceu durante a pandemia. O serviço ganhou espaço principalmente nos pequenos comércios e lojinhas do Instagram. “Em vez de desenvolverem checkouts e criarem plataformas de e-commerce, é mais simples ter um link de pagamento”, comenta Tafelli.
Desafios do setor
Tafelli afirma que o setor de meios de pagamento enfrenta, no Brasil, três desafios principais. O primeiro é o acesso à internet: atualmente, cerca de 35 milhões de pessoas não estão conectadas – ficando, assim, à margem do uso de pagamentos digitais e do e-commerce. Para ele, a chegada do 5G coloca em pauta novamente o acesso à internet e pode causar mudanças na realidade dessas pessoas.
O segundo tópico é a segurança. Para Tafelli, essa é uma questão que deve ser trabalhada pelo setor todo. “Precisamos investir cada vez mais em soluções antifraude, Inteligência Artificial e outras que consigam aumentar cada vez mais a segurança e dar uma maior tranquilidade ao consumidor”, diz.
Por fim, o executivo cita a busca do consumidor por uma experiência durante a jornada de compra. Para ele, o momento do pagamento é o de maior fricção da jornada, sendo preciso facilitá-lo. “E o objetivo aqui, não só da Getnet, é dar cada vez mais soluções que inovem e facilitem todo esse processo de compra”, completa.
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