A pandemia levou ao fechamento definitivo de cerca de 15 a 20% dos negócios de alimentação fora do lar, majoritariamente de operadores independentes, segundo dados da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel).
Em negócios mais estruturados, como redes, franquias ou grupos, o percentual de fechamento divulgado é inferior a 5%. Dia a dia, eles anunciam seus resultados financeiros com uma recuperação entre 75% e 90% em relação ao período pré-pandemia. Algo a ser realmente comemorado!
No varejo, setembro de 2020 foi o melhor mês desde o início da pandemia, com recuperação de 92%, segundo índice Cielo – o que, sem dúvida, amplia nosso sentimento de otimismo.
Segundo a sondagem Econômica da América Latina desenvolvida pela FGV IBRE e destinada ao monitoramento e antecipação de tendências econômicas, no 3º trimestre desse ano, a Argentina, seguida pelo Brasil, são os menos pessimistas em relação às perspectivas econômicas.
Mas só otimismo não traz resultados. Há de se buscar eficiência em todas as oportunidades e pontos de contato, e, nesse momento, é importante voltarmos nosso olhar para o atendimento presencial aos clientes, já que há um desejo intenso por reconexão com as marcas.
As pessoas estão empolgadas com a primavera, com a queda dos índices de mortes causadas pela Covid-19 no Brasil, sentem saudade e vontade de reviver o dia a dia pré-pandemia, mas querem preservar sua saúde e especialmente de familiares que fazem parte do grupo de risco – ou seja, sentimentos dúbios.
Para empresários e gestores do setor, fica o desafio de administrar o comportamento de fluxo de clientes no salão, que segue inconstante, combinado a rigorosas medidas de segurança, times ainda em recomposição e necessidade de vendas por outros canais que pressionam os times de cozinha.
O foodservice é um mercado em que as relações entre clientes e equipes têm um papel fundamental na humanização do atendimento e na composição da experiência perfeita. O sorriso, a abordagem, a impecabilidade em pequenos detalhes. A resposta para treinamentos nesse novo normal, sem dúvidas, virá das plataformas de ensino à distância.
Digitalizar conteúdos, gerar pílulas de aprendizagem, construir um ambiente de gamificação, permitir interação, mas, principalmente, acessar relatórios que chamamos de “analytics” para acompanhar a performance individual de cada colaborador e direcioná-lo para que obtenha os melhores resultados é o que aumentará a eficiência dos treinamentos.
A Benkyou, startup de tecnologia que faz parte da Gouvêa Ecosystem, é responsável pela estruturação da Academia Food conosco na Gouvêa Foodservice. Uma solução em etapa final de testes que nos permitirá entregar ao mercado em cada um dos devices das suas equipes múltiplos conteúdos a custos altamente acessíveis. Com cases já desenvolvidos para marcas como Nespresso, Votorantim e Boticário, essa parceria promete.
A aceleração da recuperação do foodservice exige a otimização do uso de recursos e a transformação digital pode contribuir enormemente nessa jornada.
Transformação digital se faz a partir da convergência, colaboração e foco no ser humano. Pense e haja rápido. Conte conosco.
Cristina Souza é CEO da Gouvêa Foodservice.