O Balanço de Vendas, indicador do varejo elaborado pelo Instituto de Economia Gastão Vidigal da Associação Comercial de São Paulo (IEGV/ACSP) com amostra da Boa Vista, registrou crescimento de 1,1% na comparação interanual.
O crescimento, segundo o economista da entidade, Marcel Solimeo, pode ser atribuído à redução do desemprego e expansão dos benefícios governamentais como o Bolsa Família. Em relação a 2019, ano que antecedeu a pandemia, houve alta de 4,3%, confirmando tendência de uma volta à normalidade do mercado consumidor.
Na comparação com dezembro, a movimentação registrou retração de 39,9%. A queda expressiva se deve a fatores como o das festas de fim de ano, especialmente o Natal, principal data promocional para o comércio, que potencializam as vendas em dezembro.
“Além disso, é preciso lembrar que, apesar dos juros altos e da inflação, o último mês do ano é favorecido por fatores como o aumento da ocupação e emprego e recursos extras como, por exemplo, o décimo terceiro salário”, comenta Solimeo.
Inflação
Vendedores brasileiros estão se afastando de estratégias de alto risco à medida que combatem a inflação, as dificuldades da cadeia de suprimentos, a incerteza regulatória e a divisão política. Ainda assim, os representantes do varejo estão sob pressão para atingir suas respectivas metas.
É o que aponta a quinta edição do State of Sales, relatório da Salesforce, especializada em soluções de gestão de relacionamento com clientes (CRM). A empresa analisou dados coletados com 7.000 profissionais de vendas em 38 países.
As empresas atravessam um momento desafiador e menos de 3 em cada 10 vendedores esperam que sua equipe atinja as metas do ano.
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