Com uma dívida estimada em cerca de R$ 600 milhões, a Tok&Stok contratou a consultoria Alvarez & Marsal para fazer uma avaliação da situação de seu caixa e propor alternativas para renegociação das dívidas e uma eventual capitalização. Uma das opções antecipadas pelo Pipeline do Valor Econômico é uma possível fusão com a Mobly, também do setor de decoração.
Por meio de Fato Relevante, a Mobly informou que não possui qualquer acordo vinculante, de exclusividade ou envio de qualquer oferta referente a uma fusão com a Tok&Stok.
“A companhia esclarece que acompanha atentamente o mercado de móveis e decoração brasileiro, assim como todas as empresas que o compõem e esteve em conversas recentes com a Tok&Stok, porém, no momento, não possui qualquer acordo vinculante, de exclusividade ou envio de qualquer oferta referente a uma fusão com a referida empresa”, diz o documento assinado por Rodrigues Marques, diretor Financeiro e de Relações com Investidores.
Ação de despejo
A rede Tok&Stok tem em torno de 60 lojas em Estados como Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo.
Os acionistas da Tok&Stok são fundos da gestora Carlyle Group e a família francesa Dubrule, que eventualmente poderiam capitanear uma injeção de capital.
Em fevereiro, o fundo imobiliário Vinci Logística entrou com uma ação de despejo contra a Estok Comércio e Representações, Tok&Stok, por falta de pagamento no aluguel de um galpão logístico em Extrema, sul de Minas Gerais.
Em comunicado ao mercado, a empresa diz que o imóvel encontra-se locado exclusivamente à Tok&Stok e que o aluguel devido representa aproximadamente 14% das receitas totais do Fundo e cerca de 11% da área bruta locável total por ele detida.
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