Pagar de forma rápida, sem fricção, escolhendo o meio que preferir. Essa é a experiência desejada por dez em cada dez consumidores hoje. Nem toda empresa do setor de varejo, no entanto, sabe como oferecer essa jornada totalmente fluida. E, entre as que sabem, muitas receiam não conseguir se aprofundar nas tecnologias disponíveis ou gastar muito com elas. Contar com um ecossistema integrando meios de pagamento e automação comercial pode ser a solução.
O tema foi debatido em um painel do TecToy 360º, evento promovido pela empresa de mesmo nome durante a Autocom 2023, maior feira de tecnologia voltada para automação do comércio da América Latina. O evento foi realizado nesta semana em São Paulo e contou com cobertura da Mercado&Consumo.
Para Wagner Silva, superintendente de Produtos da Cielo, as adquirentes, responsáveis pela transmissão, processamento e liquidação financeira das transações, têm um papel fundamental na simplificação de todos esses processos para o varejo.
“Vemos os consumidores e os clientes utilizando meios de pagamento digitais cada vez mais. Alguns clientes muitas vezes vão a uma loja física conhecer um produto, conversam pelo WhatsApp [com um vendedor] para entender um pouco mais, pesquisam nas redes sociais para ver as avaliações de outros consumidores. O adquirente tem o papel de simplificar cada vez mais o acesso a essas formas de pagamento”, afirma.
Ricardo Rosemberg, superintendente do Banco Safra, concorda. “Quando falamos do adquirente, faz todo sentido ter integração e inteligência e oferecer um serviço mais completo para os clientes.” O resultado é deixar o varejo “livre” para se preocupar apenas com o que ele precisa fazer: vender. “A gente preserva os dois mundos. A preocupação do varejista é o negócio dele e nós entramos na ponta com tecnologia para automatizar aquilo que ele está vendendo.”
Carlos Malafaia, diretor de tecnologia da Banrisul Pagamentos, também destaca que esse é um caminho sem volta. “Com a chegada do smartphone e do Android, cuja tecnologia já é aberta, começamos a pensar em integrar essas duas questões, a criar apps de gestão de logística, de recorrência, uma série de soluções complementares para o lojista ter a automação necessária para cuidar do negócio dele.”
Para o executivo, essas iniciativas resultam em ganho para todos os envolvidos. “O estabelecimento [varejo] sai ganhando porque tem uma gestão muito melhor, agregando o pagamento e as funções do negócio. E nós ficamos mais robustos porque temos uma parceria.”
A Autocom é organizada pela Associação Brasileira de Tecnologia para o Comércio e Serviços (Afraac). Neste ano, pela primeira vez, o congresso geral contou com a curadoria de gestão e conteúdo da Gouvêa Experience.
Imagens: Shutterstock e Patricia Biancamano