A América Latina subiu de posição no ranking “Cost of Living 2023” da Mercer, que estuda a evolução dos preços avaliando mais de 200 itens entre bens de consumo e serviços em 227 cidades dos cinco continentes.
A capital das Bahamas, Nassau, é apontada como o local mais caro na América Latina, de acordo com a pesquisa, ocupando a 10ª posição na lista. Outras cidades latino-americanas bem posicionadas no ranking são San Juan (44º) e Buenos Aires (45º). No total, a lista inclui 28 cidades da região, sendo que 23 delas subiram de posição. Um destaque significativo é Montevidéu (54º), que subiu impressionantes 69 posições.
“O cenário regional reflete um aumento da inflação, o que cria maior pressão para determinar adequadamente a remuneração dos trabalhadores internacionais que trabalham em diferentes localizações geográficas,” afirma Inaê Machado líder de Mobilidade para o Brasil e co-líder do Centro de Interesse para a América Latina.
Um ponto a ser destacado é Havana, que figura como a terceira cidade mais barata na lista, com uma queda de 83 posições desde o último ano.
No Brasil, houve um aumento no desempenho das cidades no ranking em comparação com o último ano, com São Paulo liderando a lista nacional ao subir 16 posições, ocupando agora o 152º lugar. Outras capitais, como Rio de Janeiro (171º), Brasília (188º), Manaus (196º) e Belo Horizonte (199º), também estão presentes na lista.
Estados Unidos
Com Nova York ainda sendo a cidade mais cara do país, os EUA também contam com Los Angeles (11º) e São Francisco (14º) ocupando posições elevadas no ranking. Além disso, todas as cidades do país listadas subiram no ranking.
A inflação nos EUA registrou uma queda de 0,5% pelo nono mês consecutivo em março, sendo a menor taxa em dois anos. Os custos com alimentação e energia aumentaram durante o início da inflação em 2021, mas atualmente estão diminuindo, especialmente os gastos com energia.
Outras regiões
Hong Kong aparece, pelo segundo ano consecutivo, como a cidade com o maior custo de vida, seguida por Singapura, que subiu seis posições e ocupa agora a segunda posição. A inflação e a taxa de câmbio tiveram um grande impacto na economia e na remuneração dos funcionários.
Outras cidades que aparecem entre as mais caras são Zurique, que caiu uma posição e agora está em terceiro, seguida por Genebra (4°), Basel (5°), Nova York (6°), Berna (7°), Tel Aviv (8°) e Copenhague (9°).
Karachi e Islamabad ocupam as últimas posições do ranking, respectivamente em 226º e 227º lugares, sendo consideradas as cidades mais baratas para se viver, de acordo com a lista.
Mesmo com a crise entre Rússia e Ucrânia, além do surgimento de novas variantes de covid-19, muitas economias ainda estão tentando se restabelecer diante desses acontecimentos.
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