A Polícia Federal abriu inquérito policial na terça-feira, 22, para apurar as causas do apagão que deixou grande parte do País sem energia elétrica na última semana. A investigação, de acordo com a PF, corre em sigilo e “apura os crimes de sabotagem e atentado contra a segurança de serviço de utilidade pública”.
A medida foi solicitada pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, que anunciou na semana passada que pediria a atuação da PF no caso.
O ministro chegou a se reunir com o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, um dia após a ocorrência.
Ao comentar o assunto na semana passada, o ministro defendeu a participação ativa da Polícia Federal, uma vez que o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) não havia conseguido apontar uma falha técnica que pudesse causar um evento com a dimensão que teve a falha de energia no País.
O apagão, que atingiu 25 Estados e o Distrito Federal, aconteceu após uma falha em uma linha de transmissão da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco, a Chesf, subsidiária da Eletrobras, no Ceará.
O ONS ainda apura os eventos que aconteceram em seguida. O ministro e órgãos setoriais ressaltaram diversas vezes que nenhuma possibilidade que levou à ocorrência está descartada.
O órgão já informou que a definição das causas do apagão só devem mesmo ser conhecidas em outubro.
O Relatório de Análise de Perturbação (RAP), a ser concluído em até 45 dias úteis, conforme previsto em normativo da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), deverá conter uma avaliação detalhada da ocorrência, da causa raiz, sequência de eventos, desempenho das proteções, dentre outras informações. Também deve incluir recomendações e providências.
Com informações de Estadão Conteúdo.
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