Registros de carros novos cresceram em outubro na Europa, puxados pela demanda na França, Itália e Espanha, bem como por um salto na venda de veículos elétricos. Os registros, que refletem as vendas, avançaram 15%, na comparação com igual mês do ano passado, a 855.484 em outubro deste ano, informou a Associação de Montadoras de Automóveis Europeia (ACEA), nesta terça-feira, 21.
França, Itália e Espanha tiveram crescimento anual de dois dígitos, e na Alemanha a alta foi de 4,9%, em quadro de desaceleração neste país. As vendas de carros novos subiram 17% entre janeiro e outubro, na comparação anual, para cerca de 8,8 milhões de unidades, informou o grupo industrial.
As vendas de carros totalmente elétricos avançaram 36% na comparação anual, a 121.808 unidades.
Entre as cinco maiores montadoras da UE, a Renault teve maior crescimento nas vendas em outubro, com alta de 24% na comparação anual, a 95.630 veículos.
A Volkswagen teve alta de 9,9%, a 210.251 em outubro, Stellantis avançou 11%, a 157.390. Mercedes-Benz teve ganho de 12% nas vendas em outubro, enquanto BMW cresceu 18%.
Imposto de importação para carros elétricos
O governo brasileiro vai retomar a partir de janeiro a aplicação do imposto de importação para carros elétricos, híbridos e híbridos plug-in, com alíquotas que subirão gradualmente até 2026.
A decisão foi tomada pelo Comitê Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior (Gecex-Camex) e, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), visa desenvolver a cadeia automotiva nacional, acelerar o processo de descarbonização da frota brasileira e contribuir para o projeto de neoindustrialização do País.
Além da retomada gradual das alíquotas, o governo também irá definir cotas iniciais para importações com isenção até 2026. Já a portaria que disciplinará a distribuição dessas cotas, preservando a possibilidade de atendimento a novos importadores, será publicada em dezembro.
De acordo com o Mdic, as porcentagens de retomada progressiva de tributação vão variar com os níveis de eletrificação e com os processos de produção de cada modelo, além da produção nacional.
No caso dos carros híbridos, a alíquota do imposto começa em 12% em janeiro de 2024; vai para 25% em julho de 2024; chega em 30% em julho de 2025; e alcança os 35% em julho de 2026. Para híbridos plug-in, a alíquota será 12% em janeiro, 20% em julho, 28% em 2025 e 35% em 2026. Para os elétricos, a sequência é 10%, 18%, 25% e 35%.
Será criada ainda uma quarta categoria, com automóveis elétricos para transporte de carga, ou caminhões elétricos, que começarão com taxação de 20% em janeiro e chegarão aos 35% já em julho de 2024. “Nesse caso, a retomada da alíquota cheia é mais rápida porque existe uma produção nacional suficiente”, disse o Mdic.
Um dos projetos principais do Ministério da Fazenda em 2024 dentro do plano de Transformação Ecológica (PTE) será o incentivo da eletrificação das frotas de ônibus, com olhar voltado ao desenvolvimento da indústria local.
“A existência de um cronograma de reentrada (…) possibilita a continuidade dos planos de desenvolvimento das empresas e respeita a maturidade de manufatura no país para cada uma das tecnologias envolvidas”, diz nota técnica do governo.
Com informações de Estadão Conteúdo
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