Aplicativos e site de lojas são os canais de compra preferidos por 48% dos consumidores que residem em comunidades no País e se mostraram dispostos a aproveitar as promoções da Black Friday neste ano. Outros 44% devem optar pelas lojas físicas e 22% consideram as redes sociais a melhor opção de compra.
As estatísticas confirmam a tendência do consumo no Brasil, inclusive entre comunidades, que é a do público segmentar pelos canais de compra com os quais mais se identifica. A nova edição do Persona Favela, estudo realizado pelo “Nós Pesquisas”, revela ainda que 44% dos entrevistados com esse perfil realizarão compras em mais de uma loja na Black Friday.
“Esses dados reafirmam que a conexão phygital e omnichannel deve continuar sendo alvo de investimentos das marcas e anunciantes do varejo também nesses territórios”, pontua Emilia Rabello, fundadora e CEO da holding NÓS, o Novo Outdoor Social.
Produtos
Entre os 47% entrevistados que pretendem realizar compras na Black Friday, 35% têm a intenção de comprar eletrônicos, 33% se interessam por roupas e acessórios, 30% priorizam eletrodomésticos e portáteis e 28%, itens para a casa.
A pesquisa aponta que os preços atrativos desempenham um papel importante na decisão de compra, com 30% dos moradores de comunidades dispostos a optar por lojas exclusivas desde que caibam no bolso.
Os descontos acima de 50% (57%) e frete grátis (43%) são os principais motivos que podem levar os entrevistados a fazerem compras não planejadas.
Por outro lado, o frete alto representa um risco de desistência para 4 em cada 10 moradores. Outros 37% dos entrevistados também estão atentos à confiabilidade das lojas e sites.
“Esses índices apontam indicadores importantes para a melhoria das experiências de consumo no varejo, questão decisiva na fidelização dos clientes periféricos”, alerta Emília.
“Por essa razão, é tão importante garantir que a jornada de compra seja a mais próxima do consumidor, com demonstração dos produtos e linguagem acessível, por exemplo. Também é interessante trazer esse cliente para experiências digitais mais imersivas e marcantes, oferecendo parcerias com creators locais para ativação.”
Para a CEO do Nós, um influenciador que reside ou tem relação próxima com a favela falando sobre um produto transmite mais confiança. “Ou seja”, diz Emília, “fazer-se presente na favela, com um creator periférico e estratégias de comunicação assertivas, atrairá públicos mais diversos e com potencial de consumo”, recomenda.
Na avaliação da executiva, esse tipo de ação contribuirá para o aumento das vendas no varejo e a expansão da economia, confirmando o poder de transformação da periferia.
Imagem: Shuttertock