O fundo VBI Logístico (LVBI11) acertou a compra do fundo detentor do galpão ocupado pela Scania na cidade de São Bernardo do Campo (SP) pelo valor de R$ 168,6 milhões. O imóvel tem 65 mil metros quadrados de área bruta locável, o equivalente a nove campos de futebol. Ele foi construído anos atrás exatamente para abrigar as atividades da Scania, mediante um contrato de locação que vai até 2036.
O galpão era o único ativo do fundo SBC, criado pela própria VBI Real Estate para construção do imóvel e posterior venda com ganho de capital. Para evitar um possível conflito de interesse, a transação precisou da aprovação dos cotistas, e foi baseada em um laudo confeccionado por consultoria.
O preço de aquisição das cotas do SBC correspondeu ao valor do galpão de R$ 279,2 milhões menos as dívidas do fundo, que abrangem o saldo devedor de uma operação de securitização.
Do lado do fundo VBI Logístico, os recursos utilizados para o pagamento saíram do caixa próprio (R$ 53,6 milhões) e da emissão de Certificados de Recebíveis Imobiliários de R$ 115 milhões (a um custo de IPCA + 7,94% ao ano).
O objetivo da aquisição pelo VBI Logístico foi consolidar ativos de alta qualidade técnica nos principais mercados do Brasil, e que proporcionam maior eficiência na operação, afirmou o diretor da gestora VBI Real Estate, Alexandre Bolsoni. “Para o cotista, é um bom risco retorno, porque se trata de um ativo super premium, com rentabilidade prevista bem interessante, de 8,5% ao ano corrigido pela inflação”, disse, referindo-se ao retorno anual com aluguel perante o custo de aquisição.
O VBI Logístico tem patrimônio líquido de R$ 1,6 bilhão, correspondente a nove galpões, com área bruta locável total de 479 mil metros quadrados – praticamente todo ocupado. Os imóveis ficam em Cajamar, Itapevi, Pirituba (todos em São Paulo), Extrema e Betim (Minas Gerais), entre outros pontos. O fundo de logística é um dos mais populares em Bolsa, com 92 mil cotistas.
Para 2024, Bolsoni conta que o objetivo do VBI Logístico é dar continuidade à compra e venda de ativos. O fundo também deve vender ativos para levantar recursos para novos investimentos, bem como para engordar os resultados das cotas.
Com informações de Estadão Conteúdo (Circe Bonatelli)
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