No último verão, os brasileiros retomaram o consumo de sorvetes fora do lar. Dentro de casa, porém, a intensidade foi menor. É o que aponta um novo estudo da Kantar.
Categoria símbolo da estação mais quente do ano, o consumo de sorvetes fora do lar chegou ao seu maior patamar no último verão. Os consumidores estavam dispostos a gastar mais (gasto médio por pessoa se expandiu de R$ 25 para R$ 36 na comparação entre a estação 2021/2022 e o período 2022/2023).
Os brasileiros deram prioridade para o consumo em grupo (volume compartilhado pulou de 64% no verão 2021/2022 para 74% na temporada seguinte) com consumidores optando por embalagens maiores. O comportamento apresentou crescimento de 14% em volume versus o verão 2021/2023, pois o preço por litro é 6x mais econômico do que o segmento de picolés. O principal motivo para a compra e consumo fora de casa está no sabor – razão apontada por 45% dos consumidores.
Fora do lar, mais de 15 milhões de indivíduos consumiram sorvetes no último verão. A categoria foi impulsionada em volume, especialmente pelas classes A e B (+34%), clientes acima de 50 anos (+15%) e residentes do Rio de Janeiro (+11%) em sorveterias +24% principalmente no meio da tarde (que representa 56% do consumo).
Já dentro do lar, a categoria ainda não retomou ao nível pré-pandemia. No último verão, os lares buscaram tamanhos menores e de menor desembolso. As embalagens abaixo de 1,5 litro passaram de 4% a sua importância em volume na temporada 2021/2022 para 10% no período posterior. O segmento impulso liderado pelos picolés cresceram dentro de casa, passando de 8% para 11%.
Aqui, o gasto médio pulou de R$ 29 para R$ 33. Destaques no crescimento de consumo em volume ficam por conta das classes A e B (+6%), das pessoas acima de 50 anos (+15%) e dos moradores do Leste e Interior do Rio de Janeiro (+31%), Centro-Oeste (+22%) e que compram a categoria no Atacarejo (+30%).
Para a temporada 2023/2024, a expectativa é que, caso os sorvetes dentro de casa retomem o consumo pré-pandemia, haja um aumento de 29% ou mais de R$ 217 milhões no faturamento.
“O principal desafio da categoria é resgatar compradores, tanto dentro quanto fora de casa, e estimular a frequência, que ainda é baixa. Também é válido desvincular o consumo apenas nas altas temperaturas, uma vez que outros períodos de compra podem impulsionar a retomada dos sorvetes”, ressalta Luisa Teruya, gerente de Marketing da Kantar.
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