Os consumidores de alta renda são mais propensos a se inscreverem em programas de fidelidade. A constatação foi feita na pesquisa Consumer Pulse, realizada pela Bain & Company que avalia as tendências de consumo no Brasil e na América Latina.
Os dados afirmam que 82% do grupo correspondente à alta renda participa de programas de fidelidade. Em contrapartida, 35% do grupo de baixa renda participa de ações semelhantes.
Entre os entrevistados mais abastados, 51% disseram ter tempo para lazer. A porcentagem cai para 28% com o grupo de baixa renda. Com maior flexibilidade e tempo livre, consumidores de alta renda apresentam comportamentos de consumo com diferenças significativas em relação aos de baixa renda.
Aqueles com mais rendimentos apresentam menor probabilidade de não planejarem suas férias (11% versus 56%), optam por lanches com frequência 1,6 vezes maior e consomem álcool duas vezes mais. O hábito é frequentemente exercitado fora de casa.
Qualidade de vida
A modalidade de trabalho em home-office é uma realidade 1,7 vezes maior para consumidores de alta renda. O vínculo empregatício também é diferente entre os dois grupos. Mais da metade do grupo de alta renda (59%) está satisfeita com seus empregadores. O número cai para 6% entre a baixa renda. Mais estáveis, os consumidores do primeiro grupo utilizam três vezes mais aplicativos de panos de saúde.
Quando comparados aos consumidores de outros países e regiões, os brasileiros se mostram mais pessimistas do que europeus e norte-americanos, porém, ligeiramente mais otimistas que a média latino-americana.
Ao considerar diferenças geracionais, os Millennials (28-42 anos) têm a percepção mais otimista dos próximos cinco anos (29% no índice avaliado), enquanto a Geração Z (18-27 anos) e Boomers (57+) são os mais pessimistas (10 e 11%, respectivamente).
A pesquisa foi realizada em novembro de 2023 com 1.998 brasileiros. Para a faixa de renda baixa, considerou-se até 3 salários mínimos; média, de 3 a 10 salários mínimos; e alta, acima de 10 salários mínimos.