Órgão do Japão determina que Google repare limites a pesquisas que afetam Yahoo

A big tech norte-americana não foi multada, mas ficará sob supervisão no país pelos próximos 3 anos

O órgão antitruste do Japão afirmou nesta segunda-feira, 22, que a gigante de pesquisas dos Estados Unidos Google precisa reparar suas restrições de pesquisa que afetam o Yahoo no Japão. A Comissão de Comércio Justo do país afirmou em comunicado que seu recente estudo sobre práticas do buscador mostraram que ele minava a competição justa no mercado publicitário.

A Yahoo Japan Corp., que realizou fusão com a plataforma de mídia social japonesa Line, começou a usar serviços de publicidade orientados por buscas com a tecnologia do Google após aquelas duas empresas formarem uma parceria em 2010.

O órgão japonês, porém, alega que o Google tem imposto restrições em seu acordo de anúncios por buscas com o Yahoo Japan há mais de sete anos, o que prejudica sua capacidade de competir por anúncios de busca direcionados.

Uma investigação do próprio órgão levou o Google a acabar com as restrições. Agora, ele diz em comunicado que tem cooperado completamente com a investigação e reforçou que a comissão não concluiu que foram violadas de todo as leis contra monopólio do país.

O Google estará sob avaliação durante os próximos três anos, para garantir que realize as mudanças necessárias, disse a comissão. Não foram impostas multas ou outras penalidades ao Google, que segue popular entre os japoneses.

Condenação por práticas anticompetitivas

O júri de uma corte federal nos Estados Unidos decidiu que o Google utilizou práticas anticompetitivas para dominar o mercado de aplicativos Android, prejudicando consumidores e empresas de software, em uma ação movida pela desenvolvedora de jogos Epic Games contra a detentora da Play Store. A decisão saiu em dezembro de 2023.

A decisão unânime dos nove jurados foi anunciada após apenas três horas de deliberações, concluindo processo iniciado em novembro sobre o lucrativo sistema de pagamentos da Play Store.

O CEO da Epic Games, Tim Sweeney, comemorou a vitória sobre o Google em seu perfil no X (antigo Twitter). O Google pretendia apelar da decisão, de acordo com comunicado do vice-presidente de assuntos governamentais e políticas públicas da empresa, Wilson White.

Com informações de Estadão Conteúdo (Associated Press)
Imagem: Shutterstock

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