O fluxo de visitação em shopping centers apresentou retração de 9% em abril de 2024, em comparação com abril do ano passado, de acordo com dados do Índice de Performance do Varejo (IPV), realizado pela venture capital HiPartners Capital & Work, em parceria com a Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), que mostra que nas lojas físicas também houve uma queda, sendo um recuo de 10% no período.
O estudo mostra, no entanto, que os tipos de estabelecimentos tiveram performances distintas: enquanto as lojas dos shopping centers apresentaram queda de 12%, as chamadas lojas de rua registraram um crescimento de 4% frente ao ano anterior. Já na comparação com março deste ano, o fluxo caiu 7% e 3%, respectivamente.
“O mês de Abril teve uma performance bastante aquém do esperado. O fato da Páscoa ter acontecido em Março neste ano, pode, em partes, ter comprometido a performance deste mês. De toda forma, a dinâmica no primeiro trimestre reverbera a resiliência do consumo das famílias, movimento que se mantém desde o ano passado e é fruto do mercado de trabalho aquecido, além do crescimento da renda”, afirma Eduardo Terra, presidente da SBVC.
As lojas físicas registraram quedas no movimento em todo o país, mesmo após um primeiro trimestre positivo para o varejo. Os estabelecimentos da região Nordeste foram os mais afetados, com queda de 14% na comparação com abril do ano passado. Sul e Sudeste também caíram no período, ambos com recuo de 10%, seguidos pelo Centro-Oeste, com redução de 5%, e pelo Norte, com retração de 2%.
No comparativo ano versus ano, o fluxo de visitação aumentou em dois dos quatro setores monitorados, com destaque para o segmento de móveis e eletrodomésticos, que cresceu 6%. No caminho oposto, a categoria de tecidos, vestuários e calçados registrou uma queda de 12%.
“Após datas comemorativas em março, como o Dia do Consumidor e a Páscoa, abril teve resultados mais tímidos. Mas, ainda que o fluxo tenha sido menor na maioria dos estabelecimentos, o faturamento acumulado do período é de 9%, o que demonstra crescimento e resiliência no setor. Ao adentrar o segundo trimestre, as expectativas é de que datas sazonais como “Dia das Mães” e “Dia dos Namorados” possam impactar diretamente alguns setores”, destaca Flávia Pini, sócia da HiPartners Capital & Work.
Ao analisar as vendas, foi observado aumento em dois dos cinco setores, com os artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos atingindo um crescimento percentual de 6% em abril. Este último tem sido o segmento de maior destaque no ano até o momento, com crescimento positivo e sustentável desde o início de 2024. Neste quesito, móveis e eletrodomésticos apresentaram diminuição de 14%, mesmo atraindo mais clientes às lojas.
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