O contribuinte brasileiro trabalhou, até o dia 28 de maio deste ano, somente para pagar impostos, taxas e contribuições exigidos pelos governos Federal, Estadual e Municipal, segundo estudo realizado pelo Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT).
Considerando que 2024 é bissexto, foram 149 dias trabalhados somente para pagar seus impostos, dois dias a mais do que o levantamento de 2023. Levando em conta o rendimento médio do brasileiro, isso significa que a tributação, em relação à renda, patrimônio e consumo está, atualmente, em 40,71%.
O estudo também mapeou a relação média de dias por década e constatou que houve um aumento substancial nos dias trabalhados. Na década de 70, eram necessários apenas 76 dias trabalhados para pagar os impostos. Esse número saltou para 102 em 1990 e 151, em 2020.
“Nós podemos concluir que, hoje, se trabalha mais do dobro do que se trabalhava no período dos anos 70 para sanar esses tributos. Esse levantamento base, para o cálculo do número de dias trabalhados, foi feito por faixa de renda, considerando-se o período de maio de 2023 a abril de 2024”, conta o autor do estudo e presidente-executivo do IBPT, João Eloi Olenike.
Também foi comparada a base no Índice da Carga Tributária sobre o PIB. Os resultados, quando comparados ao Brasil, mostram que o Chile é o país com menos dias trabalhados para se pagar impostos, sendo, apenas 69, seguido por México (77), Uruguai (88), Estados Unidos (99) e, até mesmo, Suíça (100). As nações como Itália, Suécia, Dinamarca, Bélgica, Finlândia, Áustria e Noruega se destacam com números superiores ou iguais ao dos cidadãos brasileiros.
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