Tanto o cafezinho quanto as bebidas alcoólicas tiveram aumento significativo em junho e impulsionaram os preços nos bares e restaurantes. O setor de alimentação fora do lar apresentou um aumento de inflação de 0,37%. Em análise elaborada pela Associação Nacional de Restaurantes (ANR) e pela consultoria Future Tank, sobre os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foi constatado que o valor supera o índice geral da inflação no País, que foi de 0,21% no mesmo período.
Fernando Blower, diretor-executivo da associação, acompanha a alta nos preços e explica que esses números refletem a pressão inflacionária em diversos insumos essenciais para o setor. “É um desafio constante para empreendedores manter a competitividade e a qualidade dos serviços diante desse cenário”, comenta Blower.
A mudança foi impulsionada principalmente pelo aumento do cafezinho (2,22%) e de bebidas alcoólicas (1,98%). Dos 16 estados pesquisados, apenas Pernambuco não registrou variação positiva, permanecendo estável (-0,02%).
No acumulado do ano até junho de 2024, o custo da alimentação fora do domicílio subiu 2,36%, um pouco abaixo do índice geral da inflação, que foi de 2,48%. O Distrito Federal apresentou a maior variação acumulada no setor, com 3,88%, enquanto o Rio de Janeiro registrou a menor, com 1,58%.
A maioria dos produtos ofertados pelo setor de restaurantes apresentou aumento de preços no ano, com exceção do vinho (-3,78%) e de doces (-0,12%). O sorvete foi o item que teve o maior aumento, com uma variação de 4,82%.
“A ANR segue trabalhando para encontrar soluções que ajudem empreendedores a enfrentar esses desafios, seja por meio de negociações com fornecedores, ajustes operacionais ou inovação nos cardápios. Nosso objetivo é oferecer a melhor experiência ao consumidor, apesar das adversidades econômicas”, finaliza Blower.
Com informações de Mercado&Food
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