Na era digital, na qual vivemos, o setor de foodservice passa por uma transformação significativa, impulsionada por inovações tecnológicas e a crescente demanda por práticas sustentáveis. Este artigo explora como a tecnologia está sendo integrada ao foodservice, bem como as iniciativas de sustentabilidade que estão moldando o futuro da indústria.
As potências em digitalização mundial são a “Europa” – mencionada entre aspas porque não há linearidade entre todos os países do bloco -, quase empatado com China e Estados Unidos.
A América Latina só fica à frente do continente africano, porém, está mais de vinte pontos percentuais abaixo do nível de digitalização existente em China e Estados Unidos, por exemplo. Infelizmente, o Brasil ainda não se destaca no bloco de forma consistente. Claro que em grandes capitais essa realidade é diferente, mas não é linear.
A seguir, destaco, na imagem abaixo, os principais movimentos tecnológicos que redesenharam a indústria, distribuição e operação no mercado de alimentação fora do lar do País nos últimos 20 anos.
Quando nos perguntamos quem está utilizando a Inteligência Artificial e de que forma, encontramos exemplos como Ambev, BRF, Nestlé, JBS e Marfrig no setor industrial, além da BidFood na distribuição.
Essas marcas aplicam Inteligência Artificial, principalmente, para otimizar a cadeia de suprimentos e logística, prever a demanda, garantir a rastreabilidade e fazer ativações de marketing junto aos clientes. Ou seja, ser mais eficiente e competitivo é o grande foco da tecnologia, sem deixar de estar mais próximo dos clientes de forma segmentada.
Para os operadores, os principais focos de aplicação da IA estão na previsão de demanda, otimização de estoques, redução de desperdícios, personalização de ofertas e recomendações e personalização de campanhas para melhorar a experiência do cliente. Entre eles, há um equilíbrio maior entre a busca pela eficiência operacional e o foco em vendas. A eficiência operacional é um espelho da gestão e as ativações de marketing são alavancas.
Quem são as redes que estão nessa jornada?
Ou seja, a elite do foodservice com atuação no País. O que reforça a necessidade de democratização ao acesso e conscientização das indústrias médias e pequenas, elos da distribuição independentes e operadores independentes.
Neste momento, um segundo pilar de destaque no setor é a sustentabilidade, que não é mais apenas uma tendência, mas uma necessidade estratégica. As empresas estão investindo em práticas que reduzam o impacto ambiental e promovam a responsabilidade social.
- Energia renovável: A implementação de usinas solares fotovoltaicas está reduzindo os custos de energia em até 35%;
- Gestão de resíduos: Iniciativas como a transformação de óleo de fritura em biodiesel estão ajudando a mitigar os impactos ambientais;
- Embalagens sustentáveis: A inovação em embalagens está focada em reduzir o uso de materiais plásticos e melhorar a reciclabilidade.
Inovação e sustentabilidade caminham juntas. A integração entre tecnologia e sustentabilidade está criando novas oportunidades no foodservice. As empresas que adotam essa abordagem holística estão não apenas melhorando suas operações, mas também conquistando novos consumidores e se destacando no mercado.
A evolução contínua do mindset empresarial é crucial para o sucesso no foodservice. As empresas devem abraçar a tecnologia e a sustentabilidade como pilares centrais de suas estratégias, garantindo relevância e protagonismo em um mercado em constante mudança.
O foodservice está sendo reinventado na era digital, com inovações tecnológicas e práticas sustentáveis liderando o caminho. As empresas que adotam essas mudanças estão bem-posicionadas para liderar a indústria rumo a um futuro mais eficiente e responsável. Vamos juntos avançar nessa direção.
Cristina Souza é CEO da Gouvêa Foodservice.
*Este texto reproduz a opinião do autor e não reflete necessariamente o posicionamento da Mercado&Consumo.
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