O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, ressaltou nesta sexta-feira, 23, o início da produção no Brasil das moléculas de liraglutida e semaglutida, destinadas ao tratamento de obesidade e diabetes pela unidade de Hortolândia, interior de São Paulo. De acordo com Mercadante, é muito importante a fabricação destes produtos no País porque a saúde representa o segundo maior déficit na balança comercial brasileira.
Para Mercadante, que acompanha o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, na inauguração da fábrica da Rio Biofarma e EMS em Hortolândia, a nova unidade vai gerar mais emprego, mais oportunidades, mais pesquisa e mais educação.
“Conversamos hoje, inclusive, sobre a necessidade de integrar à carteira produtiva os insumos necessários para dar mais soberania ao Brasil, mais capacidade de produção e mais agilidade. Nós estamos aqui produzindo um produto desenvolvido na Dinamarca, que tem a metade do PIB do Brasil. Então, isso muda a história, a economia e a avança nesse desenvolvimento”, disse Mercadante, acrescentando que só nos primeiros seis meses deste ano o BNDES aumentou em 84% suas atuações de crédito.
Ele afirmou também que o banco aumentou em 157% os investimentos na indústria e em 204% os investimentos na agropecuária. “E no caso da saúde nós estamos tendo recorde histórico de financiamento da saúde brasileira. O BNDES já aprovou R$ 4 bilhões e nós vamos fechar a este ano em menos de R$ 5,5 bilhões.”
Mercadante também informou que o BNDES teve um crescimento de 94% na atual gestão. “E atenção, nós temos praticamente o mesmo resultado de bancos como o Itaú e do Banco do Brasil. É uma pequena diferença, mas somos o terceiro resultado do Bradesco que tem 90 mil empregados contra 2.500 servidores nossos”, disse o presidente do BNDES, lembrando que só para o SUS o banco abriu uma linha de crédito de R$ 500 milhões.
Ele também citou o concurso para contratação de funcionários que contou com 120 mil inscritos.
Com informações de Estadão Conteúdo (Francisco Carlos de Assis)*
*A matéria divulgada anteriormente pela Agência Estado continha duas informações incorretas. No primeiro parágrafo, a área de saúde é que representa o segundo maior déficit comercial do País, e não os medicamentos que serão produzidos em Hortolândia. E, no terceiro parágrafo, as aprovações de crédito do BNDES aumentaram em 84% e não em 34% como havia sido publicado.
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