A gestora de investimentos Rio Bravo informou que a Justiça concedeu uma liminar de despejo contra a WeWork, atendendo ao processo movido pelo fundo imobiliário Rio Bravo Renda Corporativa (RCRB11) e pelos demais coproprietários do Prédio Girassol 555, na Vila Madalena, em São Paulo.
A empresa de coworking ocupa o imóvel, mas está inadimplente do pagamento de três aluguéis (maio, junho e julho). Com isso, tornou-se alvo de uma ação para a cobrança dos aluguéis atrasados e outra de despejo por falta de pagamento.
A Rio Bravo afirmou que a WeWork foi notificada sobre a decisão e agora tem 15 dias para sanar todas as pendências financeiras. Caso contrário, a ordem de despejo coercitivo será aplicada.
A Rio Bravo disse que tomou a decisão de ingressar com a ação judicial após diversas tentativas sem evolução de negociação com a WeWork, através da Alvarez & Marsal, representante da empresa. A proposta da WeWork incluía redução nos valores do aluguel, e não foi aprovada pelo fundo nem pelos demais coproprietários do imóvel.
O que diz a WeWork
A WeWork disse, em nota à imprensa, que não tem conhecimento de nenhuma ordem de despejo e que continua negociando condições de locação mais alinhadas com o mercado.
“Desconhecemos qualquer ordem de despejo. A empresa segue operando em sua totalidade em todos os prédios no Brasil. Nossas ações temporárias têm o objetivo de acelerar as conversas para chegar a resoluções que sejam do melhor interesse de todo o nosso ecossistema, mutuamente benéficas e que estejam mais bem alinhadas com as condições atuais do mercado. Nossos membros continuam sendo nossa principal prioridade. As negociações já estão resultando em acordos com locadores e seguimos comprometidos em prestar o excelente serviço que nossos membros esperam”, afirmou a WeWork.
Com informações de Estadão Conteúdo (Circe Bonatelli).
Imagem: Reprodução/WeWork