O segundo dia do LATAM Retail Show foi repleto de novas visões e mentes inquietas em operação. No painel estiveram presentes: André Lupo, da Sonae Sierra Brasil; André Piva, CEO da Benjamin a Padaria; Jayme Lago, da Jayme Lago Mestieri Arquitetura e Isaac Azar, do Paris 6. Sob o comando do sócio-diretor da GS&BGH Marcos Hirai, os palestrantes falaram sobre a gourmetização dos espaços de alimentação dos shoppings centers e sobre a importância de um se obter um planejamento estruturado, casado e que ofereça muito mais do que alimentação.
André Lupo, da Sonae Sierra Brasil afirma que os shoppings centers precisam atuar cada vez mais como ambiente confortável, digital e atrativo. “Cerca de 34% dos brasileiros realizam suas alimentações fora do lar. Nos últimos cinco anos os gastos com alimentação cresceram exponencialmente. A espera é que os próximos anos não sejam diferentes”, complementa André Lupo.
André Piva, CEO da Benjamin a Padaria, acredita que a importância de expandir seus negócios ao shopping entre outras questões, está relacionada a possibilidade de atingir todos os públicos. “Todos os perfis de clientes circulam pelo shopping. O ticket médio dos shoppings pode ser um pouco menor por conta disso, já que nossas lojas de ruas estão em bairros mais elitizados. André comenta que a meta é chegar a 100 lojas abertas em São Paulo até o próximo ano e destaca: “Fortalecemos nosso tripé em pessoas, processo e propósito”, e completou “somos religiosos em treinamento, de perfil e técnico.”
Jayme Lago acredita que é necessário provocar novos espaços e formas de utilização. “Praças de uso público que não são mais tomadas por “dogões” e sim por operações muito bem organizadas”, comenta.
Para Isaac Azar, fundador do Paris 6, o grande desafio da empresa foi conseguir transformar um restaurante tradicionalmente de rua em um restaurante de shopping. “Levar o Paris 6 para os shoppings e não permitir que se confunda com praça de alimentação. O Paris 6, seja na rua ou no shopping é um destino gourmet.”
Sua primeira loja foi aberta em 2006, com um conceito desenvolvido por Isaac, sempre apoiando eventos culturais, artísticos e esportivos. “O Paris 6 com funcionamento 24 horas nasceu por uma necessidade de São Paulo. Experimentamos este modelo em New York e no Rio de Janeiro, mas não funcionou. Nada nos impede de termos um Paris 6, que opere 24h por dia em shopping, por quê não? A análise que deve ser feita está relacionada ao comportamento do público/cidade e não sobre loja de rua ou shopping”.
“Nós recebemos diversos convites de shoppings para levarmos o Paris 6 até lá, mas é preciso evoluir este o pensamento. O shopping tem interesse em gourmetizar seus espaços? Porque nós temos!” , finaliza Isaac.
(Foto: Daniel Camargo/ Terassan Fotografia)