As vendas do comércio varejista do Estado de São Paulo seguem trajetória ascendente e atingiram R$ 54,4 bilhões em julho, alta real de 2,7% em comparação ao mesmo período de 2017. Foi a maior cifra para o mês desde 2013. No ano, o faturamento real do setor cresceu 5,2%, o que representa R$ 18,8 bilhões a mais do que o resultado obtido no mesmo período de janeiro a julho de 2017. No acumulado de 12 meses, foi registrada alta de 5%.
Os dados são da Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista do Estado de São Paulo (PCCV), realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), com base em informações da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz-SP).
No mês, oito das nove atividades pesquisadas tiveram expansão em seu faturamento real, no comparativo anual, com destaque para o grupo outras atividades (7,0%) – em que predomina o varejo de combustíveis – eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamentos (4,8%). Juntas, essas altas contribuíram para o resultado geral com crescimento de 1,7 ponto percentual (p.p.). Houve uma pequena queda no desempenho das lojas de vestuário, tecidos e calçados (-0,4%), que, no entanto, não exerceu impacto negativo significante nas vendas.
Segundo a assessoria econômica da FecomercioSP, com os resultados de vendas do varejo em julho, nota-se a permanência dos padrões positivos na curva de desempenho do comércio, dando indícios de que essa tendência permaneça até o final do ano, mesmo em meio a um ambiente político eleitoral acirrado. As projeções apontam para um crescimento anual de aproximadamente 4% em 2018, mantendo o patamar da estimativa anterior.
De acordo com a análise da entidade, se o dólar continuar em alta e pressionar a inflação, isso poderá diminuir o poder de compra dos consumidores e obrigar o Banco Central a aumentar os juros. Nesse caso, é possível que as vendas cresçam menos do que o estimado. Mas nenhuma mudança de rumo importante na economia é esperada até o final deste ano.
As vendas do varejo na capital paulista, em julho, registraram alta de 1,2% em relação ao mesmo mês do ano passado, atingindo R$ 16,7 bilhões. No entanto, foi um desempenho similar ao mês de julho e, pelo sexto mês consecutivo, a capital mostrou uma taxa de vendas varejistas abaixo da observada na média estadual. Assim, a taxa acumulada no ano foi de 3,9%, o que representa um incremento de R$ 4,4 bilhões na comparação com o período entre janeiro e julho do ano passado.
Das nove atividades analisadas, seis registraram crescimento nas vendas em julho, se comparadas ao mesmo mês de 2017, com destaque para o grupo de outras atividades (8,0%) e concessionárias de veículos (2,0%). Somadas, elas ontribuíram com 1,4 ponto percentual (p.p.) para o desempenho geral.
Por outro lado, os segmentos de eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamentos (4,6%) e lojas de vestuário, tecidos e calçados (1,8%), apresentaram queda, respectivamente de 4,6% e 1,8%. Este resultado ocasionou uma pressão negativa de 0,5 ponto percentual (p.p.).
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