Diante do novo vírus que derreteu o mundo nas últimas semanas, é hora de refletirmos e resgatarmos alguns ensinamentos das gerações anteriores para, de alguma forma, compreender o posicionamento mais sensato que devemos ter diante de todas as mudanças que os acontecimentos atuais estão delineando nas nossas vidas, no nosso futuro e nas nossas empresas.
Fazendo um resgate da pouca conhecida Geração Silenciosa (os nascidos de 1925 a 1942, em meio à Grande Depressão e a Segunda Guerra Mundial), nossos avós nasceram em um ambiente com muitas dificuldades e privações. Com os países arrasados no pós-guerra, precisaram reconstruir o mundo e sobreviver.
Entre suas características principais pode-se observar: são dedicados, gostam de hierarquias e principalmente, demonstram espírito de sacrifício pois desde cedo deixaram de lado suas necessidade e desejos para lutarem por um objetivo comum. Tem sobretudo o espírito de coletividade.
Já as gerações posteriores, aproveitaram o crescimento econômico e a prosperidade de um mundo pós-guerra e acabaram desenvolvendo um espírito mais individualista e consumista, afinal não sofreram as agruras que as guerras proporcionam.
O fato: Diante da atual pandemia, as principais medidas dizem respeito à contenção da transmissão pelo bem da coletividade, por meio do isolamento e da quarentena.
Em momentos de crise como a que estamos vivendo agora, precisamos estar dispostos a mudar radicalmente nossos modos de vida – e talvez até o jeito que pensamos sobre a sociedade em que vivemos. E a razão, provavelmente, não é para proteger a si mesmo, mas para ajudar a sociedade como um todo e as pessoas mais frágeis e expostas. É hora de pensar nos outros de fato.
Atitude totalmente antagônica do nosso atual presidente que no último domingo apareceu em público durante protestos em Brasília e apertou a mão de mais de 250 manifestantes. Detalhe, sete participantes da comitiva presidencial aos EUA estão contaminados pela doença e segundo protocolo do Ministério da Saúde, apesar do primeiro teste ter dado negativo, precisará ainda passar por mais duas verificações e teria que ficar em isolamento no período.
A respeito das consequências econômicas que afetarão nossos bolsos e nossas empresas, o momento é de reflexão profunda. Episódios como estes devem ser encarados como períodos para colocar as ideias no lugar, de exercer a criatividade, de organizar coisas que não sobravam tempo para se dedicar. Empresários, varejistas e executivos, que tal aproveitar o momento para fazer do limão uma limonada?
Neste período home-office, que tal pensarem nas oportunidades pós-crise? Sim, em algumas semanas a disseminação da doença vai diminuir e em alguns meses acabará. O Brasil e o mundo retomarão sua vida econômica e talvez sua empresa esteja mais preparada do que a concorrência para lançar um novo produto ou serviço “fresquinho” para um mundo pós-coronavírus. Sim, a vida continuará!
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