Com índice de 32%, o varejo farmacêutico brasileiro é um dos menos concentrados do setor na América. A conclusão está em um levantamento da IQVIA, que envolveu 16 países do continente. O estudo comparou o faturamento das cinco maiores redes de farmácia de cada nação frente ao total nacional de vendas de cada mercado.
O Brasil ocupa apenas a 13ª colocação no ranking, bem abaixo da líder Honduras (86%) e dos Estados Unidos, onde CVS Health; Walgreens Boots Alliance, Walmart, Rite Aid e Kroger detêm 81% de market share. Chile (72%), Canadá (71%) e Colômbia (52%) completam o top five. Nossos vizinhos Paraguai e Uruguai registram, respectivamente, percentuais de 33% e 31%, enquanto a Argentina sequer aparece na lista.
De acordo com a Abrafarma, as cinco líderes do varejo brasileiro e que totalizam 1/3 do mercado são Raia Drogasil; DPSP, Farmácias Pague Menos, Farmácias São João e Panvel. Embora reflita a lógica de distribuição do PIB por município, esse cenário indica que a concentração tende a acelerar cada vez mais nos próximos anos. É o que aponta Fernando Ferreira, especialista em gestão comercial de empresas do canal farma.
“Apesar de representarem 10% do total de farmácias do país, as grandes redes somam quase a metade do faturamento do setor e atuam em apenas 830 municípios”, diz Ferreira.
Para o consultor, com a provável saturação de pontos de venda nos grandes centros urbanos, as cidades médias e pequenas já estão no radar do grande varejo.
“Aos poucos, as varejistas líderes vão avançar cada vez mais nesses mercados. Com essa dinâmica, lojas independentes com faturamento de até R$ 100 mil terão de reinventar seu modelo de negócio, podendo se tornar minicentros de distribuição”, argumenta.
Com informações do portal Panorama Farmacêutico
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