As vendas no comércio do Estado de São Paulo em outubro tiveram aumento de 12,46%, segundo o índice IFECAP, produzido pela Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (FECAP). A alta se deve ao Dia das Crianças e aos avanços no Plano São Paulo de retomada e reabertura da economia paulista.
O aumento nas vendas (+12,46%), encomendas (+5,69%) e na situação geral dos negócios (+8,27%) fez o Índice Momento Atual chegar a 113,41 pontos na metodologia do IFECAP, patamar 8,83% maior do que no mês de setembro.
Segundo o economista e pesquisador do Instituto de Finanças FECAP Allan S. de Carvalho, dois eventos explicam o aumento das vendas do comércio varejista em outubro.
“Primeiro, no dia 9 de outubro, tivemos o avanço de diversas regiões do Estado de São Paulo para a fase verde no Plano São Paulo, o que garante a retomada de atividades econômicas não essenciais e ampliação do horário de funcionamento do atendimento presencial de oito para dez horas. E, em segundo lugar, o favorecimento pelo Dia das Crianças, uma grande data de movimentação, após novas medidas mais amplas de reabertura.”
Falta de matéria-prima e produtos
Contudo, os comerciantes ouvidos por telefone pelos pesquisadores do Instituto de Finanças FECAP relataram problemas com fornecedores, o que reduziu as expectativas de encomendas para os próximos três meses em 1,70% (124,83 pontos), quando comparamos com o mês de setembro. Recentemente divulgada, a Pesquisa Pulso Empresa revelou que quase 72% dos comerciantes varejistas declararam sentir dificuldades de obter matérias-primas ou mercadorias. Já as expectativas de vendas futuras sofreram um impacto de -1,78% (133,56 pontos).
“Apesar de boas expectativas com as vendas de novembro e dezembro, com a Black Friday e Natal, os empresários já se encontram receosos com o futuro cenário em janeiro do próximo ano. Isso se deve ao fato de que o Governo Federal, provavelmente não irá prorrogar o auxílio emergencial após 31 de dezembro deste ano, e o projeto Renda Cidadã possui dificuldades para ser concretizado por falta de recursos”, completa Allan.
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