As conversas entre a Arezzo&Co e a Reserva começaram em meio à pandemia de Covid-19 e foram motivadas pela reação positiva dos negócios mesmo durante a crise. Quem afirma é Rony Meisler, um dos fundadores da Reserva. A compra da empresa pela Arezzo movimentou R$ 715 milhões.
O movimento estabelece a entrada do grupo Arezzo&Co, dono de Arezzo, Schutz, Anacapri, Alexandre Birman, Fiever, Alme e Vans, no segmento de vestuário voltado para as classes A/B. Com as seis marcas da Reserva -a própria Reserva, Reserva Mini, Oficina Reserva, Reserva Go, EVA e INK -, o grupo ficará com 13 nomes fortes no mercado, consolidando sua estratégia de se tornar uma house of brands.
Assim, além de calçados e bolsas, a Arezzo&Co passará a comercializar itens de moda masculina, feminina e infantil, incluindo roupas e acessórios. A movimentação também possibilitará uma ampliação de três vezes e meia do mercado endereçável da companhia, uma vez que ela vai expandir o público-alvo e passará a vender o “look completo” aos seus clientes.
“Foi em meio à pandemia que eu e o Alexandre [Birman, CEO da Arezzo] começamos a sonhar juntos, motivados pela excelente reação dos nossos negócios. Eu sempre falo que foguete não dá ré, por isso, desde 2006, quando começamos vendendo de porta em porta, a Reserva foi despontando como uma das marcas mais relevantes do varejo de vestuário e lifestyle do País e a gente nunca parou de buscar inovação. Somos um grupo de jovens com vontade de pensar e fazer diferente em um mercado tradicional. Tenho um baita orgulho de que a combinação entre a Arezzo&Co e o Grupo Reserva já nasce como o maior house of brands do mercado brasileiro”, afirma Rony Meisler, que fundou a empresa com Fernando Sigal.
Efetivação ainda depende do CADE
Os sócios e investidores da Reserva passarão a ser sócios da nova companhia. A efetivação da operação ainda está sujeita a determinadas condições, incluindo a avaliação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE). Atualmente, o Grupo Reserva conta com 78 lojas próprias e 32 franquias, além de estar presente em cerca de 1.500 multimarcas. Em 2019, faturou R﹩ 400 milhões.
A ideia é que a Reserva leve à Arezzo&Co novas competências digitais. As empresas também unirão forças no tema ESG (fatores ambientais, sociais e de governança).
“Em 2019, colocamos nossos pés em novos mercados, com a distribuição exclusiva da marca Vans em território brasileiro. Neste último ano, aprendemos, vibramos e nos sentimos confiantes – muito confiantes – de que estávamos prontos para dar mais um passo adiante. A operação de incorporação da Reserva tem como grande motivação o capital humano, a força de sua marca e o potencial para expandir muito além de seu core – algo que será peça fundamental na consolidação da plataforma de moda da Arezzo&Co. Criaremos, sem dúvida, um grande ecossistema de negócios”, afirma Alexandre Birman, CEO da Arezzo&Co.
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