A população desocupada chegou a 13,8 milhões de pessoas em outubro no Brasil. É o recorde da série Pnad-Covid-19, pesquisa que começou a ser feita em maio e que mostra o cenário do mercado de trabalho em meio à pandemia. O número representa um aumento de 2,1% frente a setembro e de 35,9% desde maio.
A taxa de desocupação passou de 14% em setembro para 14,1% em outubro. Nesse período, a taxa em outubro cresceu nas regiões Norte e Nordeste, manteve-se inalterada no Sudeste e Centro-Oeste, e caiu no Sul. Os valores das taxas de desocupação, em ordem decrescente, em outubro, foram: Nordeste (17,3%), Norte (15,1%), Sudeste (14,2%), Centro-Oeste (12,1%), e Sul (9,4%).
A população ocupada totalizava 84,1 milhões em outubro – aumento de 1,4% em relação a setembro (82,9 milhões de pessoas) e redução de 0,3% em relação a maio (84,4 milhões de pessoas). Do total de ocupados, 4,7 milhões estavam afastados do trabalho e 2,3 milhões destes estavam afastados devido ao distanciamento social, representando quedas de 12,7% e 22% frente a setembro, respectivamente. Estes indicadores já acumulam quedas de 75,3% e 85,1%, respectivamente, desde o início da pandemia.
A redução dos afastamentos do trabalho devido à pandemia também pôde ser verificada por meio da redução da proporção de pessoas afastadas por este motivo no total de pessoas ocupadas, que de setembro para outubro, passou de 3,6% para 2,8%. Em maio, este percentual era de 18,6%.
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