A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) enviou um ofício ao governador do Estado João Doria nesta quinta-feira (3) pedindo a revisão da sua decisão em diminuir o tempo de abertura dos estabelecimentos comerciais paulistas.
A entidade argumenta que à volta à fase amarela do Plano São Paulo, que reduz de 12 para 10 horas o limite de funcionamento diário dos estabelecimentos comerciais, impactará ainda mais negativamente a economia do Estado – que já coleciona números negativos no ano.
Segundo a FecomercioSP, o comércio paulista possui em 2020 um saldo negativo de 91.164 empregos formais, considerando a base de dados do Ministério da Economia. Além disso, levantamento da Federação mostra que, no auge da pandemia, no segundo trimestre do ano, o faturamento do varejo retrocedeu 11,2% em relação ao mesmo período de 2019 no Estado.
Levando em conta os resultados das atividades restringidas pelas medidas de isolamento social – como lojas de vestuário e concessionárias de veículos -, a queda foi de 37,2% naquele período e neste ano projeta-se a elas um prejuízo total de cerca de R$ 27,4 bilhões.
Para além dos impactos econômicos, a FecomercioSP entende que o horário ampliado de funcionamento garantiu uma melhor distribuição dos consumidores nas áreas comerciais de São Paulo. Além disso, a federação afirma que o setor sempre respeitou os rígidos protocolos sanitários estabelecidos em conjunto com o governo estadual, inclusive em campanhas que foram difundidas junto aos empresários.
A Associação Comercial de São Paulo também lamentou a medida nesta semana. Segundo a ACSP, a volta à fase amarela prejudica os comerciantes que estão seguindo recomendações relacionadas ao distanciamento social.
Imagem: Bigstock