Por Eduardo Yamashita*
– Qual o share de cada segmento do Foodservice? Qual a participação do fast food no mercado? O Foodservice no varejo já é relevante? Qual o perfil dos clientes? Essas são algumas das perguntas que responderemos neste artigo, que só é possível devido à pesquisa CREST, realizada pela GS&MD – Gouvêa de Souza.
Apesar da relevância do segmento, pouco se sabia sobre o Foodservice no País e as perguntas mencionadas acima ficavam sem resposta. Como citei no meu último artigo (que você pode ler aqui), foi para atender essa demanda que a GS&MD lançou, em parceria com o NPD Group, a pesquisa CREST, maior e mais completo levantamento do segmento de Foodservice com 72 mil respondentes por ano e que é realizada em 12 países.
Segmentos
O segmento de fast food representa um pouco menos de metade do tráfego de consumidores e dentro desse segmento o formato mais representativo ainda é o tradicional (padarias, lanchonetes, vendedores, etc). Já o formato que chamamos de fast food moderno (onde estão a maioria das principais redes), representa 22% desse segmento, enquanto que o formato casual (modelo de restaurantes por quilo) tem 16% do tráfego.
Os segmentos de serviço completo (restaurantes com menu, mesas, garçom, etc) e o segmento de varejo (hiper, super, conveniência) têm participação equivalente no tráfego de consumidores, mas na análise do share de gasto, o serviço completo tem representatividade duas vezes maior, devido ao seu ticket médio mais alto. O fato do varejo ter uma representatividade tão grande no segmento já mostra uma faceta do mercado que muitas vezes passa desapercebida e que também pode representar uma grande oportunidade para varejistas e operadores.
Surpreendentemente, o fator mais importante para os consumidores, ao escolher o varejo é a conveniência, enquanto que o fator preço aparece com importância menor que em outros segmentos.
Perfil dos consumidores
Observamos que os consumidores entre 18 a 34 anos têm uma participação desproporcional no Foodservice – esse perfil de consumidor é particularmente importante, pois além de ser responsável pela maior parte do tráfego e do gasto no segmento, esse consumidor também carrega seus hábitos em formação por toda a vida.
Por fim, o percentual de pessoas que compraram uma comida ou bebida preparada fora do lar no dia anterior (o que nomeamos de penetração) é de apenas 26% no Brasil, fato esse que mostra o enorme potencial ainda latente no País, mas fica claro que a chave do sucesso no segmento é entender os hábitos e as necessidades dos clientes e se posicionar de forma adequada para atender as suas demandas.
Para mais informações sobre o estudo CREST, entrar em contato com Eduardo Yamashita (eduardo.yamashita@gsmd.com.br), diretor de Inteligência de Mercado da GS&MD – Gouvêa de Souza.