A farmacêutica britânica AstraZeneca informou na madrugada desta quinta-feira, 23, que a sua vacina contra a covid-19 se mostrou eficaz na prevenção a infecções pela variante Ômicron do coronavírus após a aplicação de uma terceira dose, com resultados similares aos testes conduzidas com a cepa delta após um regime de duas doses.
Os testes clínicos com a Ômicron foram conduzidos pela Universidade de Oxford e realizados em 41 voluntários, e mostraram um crescimento “significativo” na taxa de imunização pelo produto com a chamada dose de reforço aplicada, diz a empresa em nota.
De acordo com a AstraZeneca, o nível de proteção conferido aos indivíduos se mostrou robusto até um mês após a vacinação.
“É muito encorajador ver que as vacinas atuais têm o potencial de proteger contra a Ômicron após uma terceira dose de reforço”, afirmou John Bell, um dos pesquisadores da Universidade de Oxford que conduziram o estudo.
A farmacêutica completa dizendo que está coletando evidência “do mundo real” para avaliar a eficácia da sua vacina contra a Ômicron na região sul da África, e coletando amostras sanguíneas de voluntários de seus testes de fases 2 e 3 para avaliar a proteção do imunizante quando aplicada uma terceira dose. “Os dados desses estudos são esperados em breve”, segundo a empresa.
Outras vacinas
A Pfizer e a Moderna também anunciaram recentemente que uma dose de reforço das suas vacinas parece aumentar significativamente a imunidade por anticorpos, mas faltam dados sobre quanto tempo essa proteção dura. Embora os dados iniciais sejam positivos, a AstraZeneca anunciou na terça-feira (21) que está trabalhando com a Universidade de Oxford para produzir uma vacina específica para a Ômicron.
A nova variante já foi detectada em 106 países e já é dominante em vários países, tendo assim superado a Delta.
Apesar de ser mais transmissível, a Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que ainda não existem dados que permitam concluir que a Ômicron é menos ou mais grave que Delta. Novos estudos indicam que a Ômicron é mais contagiosa, mas menos perigosa que a Delta.
Com informações de Estadão Conteúdo e Agência Brasil
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