Com a pandemia, o setor de consumo foi um dos mais afetados pelos riscos ligados à saúde. Essa é uma das conclusões de um relatório realizado pela KPMG sobre os principais riscos relacionadas à indústria de consumo e varejo.
O documento levantou os fatores que podem afetar as empresas desses setores em nove âmbitos diferentes, que vão desde as questões regulatórias e de tecnologia, passando por sociedade e pessoas.
“Os riscos emergentes baseiam-se nas mudanças atuais e a pandemia foi uma delas. Em outras palavras, as empresas precisam estar atentas aos sinais de mudanças do mercado e apresentar mudanças significativas”, analisa Fernando Gambôa, sócio-líder de consumo e varejo da KPMG no Brasil e na América do Sul.
Confira os principais riscos:
Compliance – Riscos regulatórios relacionados ao não cumprimento de leis, regulamentos e regulamentações e padrões éticos dentro da jurisdição das operações.
Sociedade e pessoas – O não atendimento às responsabilidades corporativas e sociais e a dificuldade em atrair e reter pessoal qualificado; riscos relacionados aos recursos humanos e mão de obra no que diz respeito à capacitação e segurança.
Reputação e ética – Insucesso na manutenção da privacidade e segurança e riscos relacionados à manutenção de altos níveis de qualidade e manutenção de serviços.
Rentabilidade e liquidez – Lojas de varejo utilizando sites de comércio eletrônico para vender produtos com desconto e menores preços; riscos relacionados a fornecedores; insucesso no desempenho do negócio na geração de caixa como esperado; riscos de fraudes, incluindo cartão crédito e a manutenção de descontos.
Estratégia – Risco de expansão das operações internacionais; operações de varejo eletrônicas e conversões de lojas de descontos afetam os concorrentes tradicionais; riscos de reputação aumentaram em função das redes sociais e internet; riscos financeiros dependem das estratégias de compra e de exportação.
Clientes –declínio no dispêndio com o consumo; varejistas são forçados a apresentarem produtos de marca para atender as expectativas do cliente.
Saúde, segurança e meio ambiente – Divulgação de doenças e riscos da pandemia.
Crescimento e concorrência – Pressão crescente para atender a demanda imprevisível dos clientes; concorrência globalizada intensa; oscilações em moeda corrente e outros riscos de mercado; insucesso ao atendimento a uma gama de preferências pessoais.
Tecnologia – Ameaças crescentes de ataques cibernéticos e de segurança; empresas que contam com um único fornecedor para todas as necessidades poderiam enfrentar um tempo maior de inatividade; insucesso na manutenção ou melhoria de infraestrutura tecnológica.
Produção e operações – Vantagem competitiva através da automação e da adoção de tecnologia emergentes; resultante de interrupção da atividade causada por sindicatos, greves e paradas de trabalho; qualidade e segurando do produto; disrupções na distribuição ou no processamento de mercadorias.
“Os riscos são os mais variados e relacionados às várias áreas das empresas. Por isso, precisam estar atentas a cada um deles e se antecipar a essas consequências para evitar que o negócio seja impactado”, afirma o sócio-diretor de Gestão de Riscos da KPMG, Luís Navarro.
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