Kieron O’Hara, professor da Universidade de Souphampton e autor de diversos livros aponta a confiança como um dos grandes problemas do século 21.
Seja devido a questões políticas, sociais ou econômicas vivemos um momento em que as relações interpessoais precisam de um novo significado e talvez por isso, cada dia mais a confiança tem se tornado palavra de ordem, inclusive no mundo corporativo.
Segundo um estudo realizado pela Watson Wyatt, empresa especializada em indicadores financeiros, nas empresas em que há uma cultura de confiança maior, os resultados para os acionistas são três vezes maiores que a média.
Stephen Covey, em seu livro “The Speed of Trust” (traduzido livremente como “A velocidade da confiança”) destaca que “Nada é tão rápido quanto à velocidade da confiança. Nada é tão lucrativo quanto à economia da confiança. Nada é tão crucial para uma organização quanto os relacionamentos de confiança”.
Mas, como construir relações de confiança?
Independente do ambiente ou do objetivo da relação, a comunicação é o primeiro passo aspecto para se alcançar a confiança.
Quanto mais clara, transparente e objetiva for a comunicação, maior a chance de se construir um relacionamento confiável, porém é preciso compreender que a comunicação vai além da transmissão da mensagem.
Escutar ativamente, com interesse e atenção é a chave para que a comunicação alcance seus objetivos e, quanto maior o comprometimento das partes nesta troca, por meio da ações de aspectos como transparência, sinceridade e respeito, maior a chance de se atingir o segundo passo fundamental para a confiança: a empatia.
Ao contrário do que se pensa ou costuma-se imaginar, a empatia não envolve apenas o colocar-se no lugar do outro, mas sim tentar compreender sentimentos e emoções, procurando experimentar de forma objetiva e racional o que o outro sente frente ao que se está comunicando.
Ao se atingir a empatia, a relação se eleva a um novo patamar no qual o compromisso, a iniciativa e o engajamento, partes fundamentais de qualquer relacionamento, começam a se tornar reais.
Porém, vale lembrar aqui que a confiança se constrói no dia a dia e cada ato, cada iniciativa, pode ser determinante.
Mas se ao longo desta relação acontecer um erro, como resgatar a confiança?
Se um erro cometido fez com quem a confiança ficasse abalada, o primeiro passo para recuperá-la é compreender as razões que fizeram com que ele acontecesse.
A partir daí, quanto maior o empenho e a dedicação de todos em corrigir e acertar, entendendo o erro como uma oportunidade de fazer diferente e melhor, maior a chance de se reconquistar a confiança.
Por fim, lembre-se que construir confiança é algo fundamental em qualquer relacionamento, pois é através dela que conseguimos estabelecer parcerias duradouras, seja com a equipe, o cliente interno ou externo e ainda obter das pessoas o mais alto grau de profissionalismo, empenho e comprometimento na entrega de resultados.
Pense nisso!