As auditorias e consultorias Ernst & Young (EY), KPMG e PricewaterhouseCoopers (PwC) decidiram abandonar as operações de seus escritórios na Rússia, em resposta à invasão do governo de Vladimir Putin à Ucrânia, segundo divulgaram as empresas em comunicados à imprensa.
As três empresas afirmaram que darão suporte aos cerca de 12,9 mil funcionários impactados pelas decisões.
A EY ainda anunciou que não vai mais oferecer serviços a nenhum cliente governamental russo, entidades ou indivíduos alvos de sanções e companhias estatais do país.
Já a KPMG estendeu a decisão à Belarus, parceira russa no conflito com a Ucrânia.
Mais suspensões na Rússia
Na mesma linha, o grupo de moda sueco H&M pausou temporariamente todas as suas vendas na Rússia. A Rússia foi o sexto maior mercado da H&M, com 4% das vendas do grupo no quarto trimestre de 2021. Embora tenha aumentado o número de lojas físicas em muitos mercados, o número de lojas na Rússia é de 170 atualmente
Algumas das maiores marcas ocidentais suspenderam as operações na Rússia em uma onda sem precedentes de ação corporativa contra Moscou após sua invasão da Ucrânia.
Os fabricantes mundiais de veículos tomaram medidas que vão desde os planos do Grupo Mercedes-Benz para cisão de sua participação no Kamaz da Rússia, até a GM e montadoras de luxo, como a Jaguar, que pararam as exportações para lá. Ford, Renault, BMW e AB Volvo estão suspendendo parte da produção na Rússia.
A Airbus e a Boeing suspenderam os embarques de peças para a Rússia, enquanto a AerCap Holdings deixou de atividade de leasing com companhias aéreas russas.
Alguns estúdios de Hollywood suspenderam lançamentos de novos filmes. Já a Netflix parou projetos e aquisições futuras.
Ações na Ucrânia
Desde o início do conflito em solo ucraniano e em meio as incertezas do cessar-fogo e encerramento do conflito, diversas multinacionais de todos os setores têm suspendido suas operações no país. Recentemente, foi a vez das empresas agrícolas americanas, ADM, Bunge e CHS suspenderem temporariamente as operações em território ucraniano.
No dia 24 fevereiro, a gigante do setor agrícola, Cargil, afirmou em nota que teve seu navio atingido por um projétil enquanto navega próximo à costa ucraniana. A empresa norte-americana opera um terminal de exportação na Ucrânia. A embarcação, apesar do fato, ficou em condições de continuar a navegação e seguiu rumo a Romênia.
Com informações de Estadão Conteúdo: (Gabriel Caldeira)
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