Com os clientes cada vez mais transferindo seus gastos para lojas online, o futuro do comércio físico será com foco no atendimento pós-venda. Para Luiza Helena Trajano, presidente do Conselho de Administração do Magazine Luiza, o varejo é cada vez mais digital, e as organizações terão que se adaptar às mudanças.
“Antes, o consumidor queria só preço. Agora ele quer preço e rapidez de entrega. Não aceita mais falar que daqui a 20 dias vai chegar o produto. Quando tem uma loja física, o cliente em duas horas pega na loja o produto que ele acabou de comprar [no online] com um custo muito menor”, disse, durante o seminário “Negócios digitais x ilegalidade: O Brasil que queremos”, realizado pelo IDV (Instituto para Desenvolvimento do Varejo) e o Poder360, na manhã desta quinta-feira, 28.
A executiva destaca que hoje o consumidor busca o atendimento no comércio físico como meio para validar sua confiança no e-commerce da marca, além de enxergar as unidades como pontos de retirada de produtos adquiridos pela plataforma online.
Integração entre físico e digital
Como exemplo de integração entre o físico e o digital, Luiza Helena Trajano citou a abertura de unidades físicas de empresas como Amazon e Alibaba e relembrou que a Magazine Luiza era vista como “patinho feio” quando decidiu inaugurar lojas físicas enquanto investia em sua plataforma.
“O Magazine Luiza sempre acreditou na multicanalidade e, por isso, pagamos preços caríssimos. Nossas ações valeram menos de R$ 0,50. Começou a mudar quando a Amazon e a Alibaba começaram a comprar lojas físicas. A Amazon vai montar 800 nos Estados Unidos”.
Com a colaboração de Larissa Féria.
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