Em parceria com a Retalhar, Magalu anuncia iniciativa de economia circular

Empresas transformaram quatro toneladas de uniformes usados em cobertores destinados a pessoas em situação de rua

Com o objetivo de fortalecer as iniciativas ESG da companhia, o Magalu anunciou uma parceria com a Retalhar, empresa especializada em logística reversa. Juntas, as empresas transformaram quatro toneladas de uniformes usados em 4 mil cobertores, que serão distribuídos a pessoas em situação de rua.

Antes utilizados pelos colaboradores dos 24 Centros de Distribuição (CD) do Magalu, os uniformes agora passarão pelo processo de logística reversa – mesmo destino já dado aos demais resíduos produzidos nos CDs da empresa.

“O projeto é mais um passo da companhia na direção de tratar de maneira adequada os diferentes tipos de resíduos que produzimos”, diz Ana Luiza Herzog, gerente corporativa de reputação e sustentabilidade do Magalu.

Impacto social

Os cobertores serão distribuídos a Organizações Não Governamentais (ONGs) que atuam na linha de frente com pessoas em situação de rua. Localizadas em São Paulo, as entidades selecionadas para o recebimento dos cobertores são a Anjos da Cidade, Ondas de Amor e Paróquia São Miguel Arcanjo.

“A parceria com a Retalhar casou perfeitamente com o propósito do Magalu, porque conseguimos gerar um impacto positivo não só ambiental, mas também social“, complementa Herzog.

Impulsionando a economia circular, a iniciativa ajuda a assegurar padrões de produção e de consumo sustentáveis, um dos objetivos de desenvolvimento sustentável proposto pela ONU.

A “Retalhar” utiliza ainda mão de obra inclusiva e especializada para descaracterização dos uniformes. No caso do Magalu, mulheres em situação de vulnerabilidade social trabalharam para retirar marcas e tornar os tecidos recicláveis.

ESG veio para ficar

No ano passado, em entrevista à Mercado&Consumo, a presidente do Conselho de Administração do Magalu, Luiza Helena Trajano comentou que a sigla ESG (Environmental, Social and corporate Governance), que define práticas ambientais, sociais e de governança, deveria ser olhada com muita atenção pelo empresariado. “Quem não entrar no ESG não tem mais valor no mercado”, sentenciou.

“Ele chegou no mercado financeiro, agora não é questão de opção mais. Então, quando eu estou com as diretoras de RH, ou com as gerentes de RH, eu falo para elas: a coisa mais importante é saber que a gente mudou de ciclo. Chegou o momento de mulheres, de diversidade, de negros, e a pandemia também acelerou isso. É sobrevivência, minha gente. Não é mais questão de optar. Senão você não fica mais no jogo. A gente tem de trabalhar com a indústria, com o descarte, ver onde podemos ajudar, porque se não pensar a sua empresa vai ficar fora do mercado, ou vai valer 50% a menos do que ela poderia valer. O consumidor não aceita mais, e o mercado investidor vai atrás do que o consumidor quer”, afirmou.

Imagem: Shutterstock

Redação

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