As compras online já fazem parte do cotidiano do consumidor brasileiro. E a tendência cresceu durante a pandemia, período em que lojas físicas precisaram interromper suas atividades e as pessoas foram aconselhadas a cumprirem isolamento social.
De olho no comportamento do consumidor pós-pandemia, a Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), em parceria com o Instituto Qualibest, desenvolveu o estudo “Jornada de Compra do Consumidor Omnichannel – varejo de moda (roupas, calçados e acessórios).
De acordo com o estudo, 98% dos entrevistados costumam pesquisar antes de comprar itens de moda; Desses, 40% dos consumidores que pesquisam antes de comprar roupas, calçados e acessórios utilizam sites de busca, seguido por 22% em marketplaces, 16% em aplicativos e 10% em redes sociais.
Quando o assunto é frequência e planejamento de compra, 82% dos consumidores o fazem de forma planejada (compras de reposição). 62% pesquisam exatamente o que precisam e compram no site mais confiável, 46% pesquisam exatamente o que precisam e compram no site de menor valor e 34% preferem ir à loja física, mas em um local que tenha outras opções (shopping centers, ruas de comércio, galerias etc.) – o que leva a uma possível compra por impulso. E quando a compra é feita por impulso (18%), o principal gatilho são as promoções (66%).
“Os números mostram que o consumidor, mesmo em compras planejadas, busca conveniência e pode estar aberto a compras por impulso, dependendo do esforço promocional das marcas”, afirma Eduardo Terra, presidente da SBVC.
Compras físicas apresentam índices menores
De acordo com o estudo, marketplaces são o principal canal utilizado por consumidores que realizam compras online. Com relevância aproximada (52%), aplicativos de compra internacional ficam em segundo lugar, seguido de sites e marcas conhecidas (48%).
O levantamento ainda aponta que, embora a compra na loja física já faça parte da rotina das pessoas (35% dos clientes realizam compras mensalmente), sua frequência é menor do que nas lojas online, quando a transação é feita via smartphone (39% compra mensalmente), apresentando ainda características diferentes.
As principais categorias de produtos adquiridos em lojas físicas são calças, shorts, bermudas, saias (53%) e camisetas, tops, blusas, casacos (48%), enquanto na loja online são tênis (61%) e sapatos, calçados, sandálias e botas (60%).
Os meios de pagamentos são semelhantes nos canais físicos e online. O Estudo aponta que o cartão de crédito (54% e 62%) é o meio mais utilizado. O Pix já aparece com relevância de 19% no online e 10% nas lojas físicas.
“As compras online de roupas, calçados e acessórios cumprem uma jornada de conveniência, preço e confiabilidade. O consumidor ainda gosta de ir à loja para experimentar o produto, mas não é mais uma prioridade”, analisa Terra.
O estudo entrevistou 656 consumidores em todo o país e teve como objetivo entender a jornada de compra do consumidor brasileiro em lojas de moda, através de uma leitura de compras tanto no varejo físico quanto no online.
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