No início do mês foi anunciado pelo Governo Federal a segunda edição da Semana Brasil, que acontecerá do dia 3 a 13 de setembro. Com iniciativa da Secretaria Especial de Comunicação Social do Ministério das Comunicações e coordenada pelo Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV), a última edição teve a participação de 14 mil empresas e significou um crescimento de 12% nas vendas do varejo. Já quando nos voltamos especificamente para o mercado do e-commerce, as vendas da primeira edição da Semana do Brasil significaram um aumento de 41%, com 4,4 milhões de transações e faturamento de R$ 1,86 bilhão, de acordo com levantamento da Ebit/Nielsen.
Popularizada como a Black Friday brasileira, a Semana Brasil traz consigo uma iniciativa similar à data já consolidada no mercado, e a preocupação atual é que não traga também as más tradições. Especialistas em segurança se referem à Black Friday como o natal dos golpistas, isso porque os consumidores esperam, nesta época do ano, descontos acima da média, não desconfiando de grandes ofertas que os golpistas utilizam para atrair os usuários. Além da já expectativa de um preço abaixo do mercado, o consumidor é atraído pela compra de impulso, pelo gatilho da urgência, que acaba não permitindo uma maior pesquisa sobre aquela empresa ou produto ofertado por parte do comprador.
A Semana Brasil 2020 terá como slogan “Todos juntos com segurança pela retomada e o emprego”. E o ponto aqui é perceber que a segurança precisa englobar todas as áreas, saúde, economia, ambiente digital e proteção de dados. Com o aumento do número de transações online já intensificado pela pandemia, o que no ano passado já houve um aumento significativo no e-commerce na data, tem tudo para triplicar este ano. E a preparação precisa vir desde o backend à comunicação com o cliente final.
Com a maior parte dos golpes sendo através do phishing, e ainda, utilizando sites falsos, mas com uma interface semelhante às empresas já conhecidas, a maior parte dos consumidores tendem a culpar as empresas já consolidadas por qualquer tipo de dano que este golpe cause, causando além de um prejuízo financeiro ao consumidor, um prejuízo de imagem à empresa. Temos pela frente pouco menos de 1 mês para a preparação, e é a hora de intensificar as ferramentas, cuidados e a comunicação com o consumidor final sobre os detalhes e especificidades que a sua empresa vai utilizar para se certificar de que seja uma data além de lucrativa para o varejo, segura para os nossos consumidores.
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