Com o avanço acelerado da tecnologia, o conceito de Maturidade Tecnológica vem ganhando cada vez mais relevância e destaque dentro das empresas, pois emerge como crucial para impulsionar a aceleração digital e garantir a competitividade no mercado, além de permitir eficiência e suficiência na operação, processos e segurança.
Durante o último final de semana aconteceu o Connection Foodservice, com destaque em temas como a adoção e utilização de tecnologias nas empresas, foco nas tendências que ofereçam inovação e digitalização em suas operações, estratégias e processos de negócios.
Está cada vez mais clara a importância do entendimento sobre a maturidade tecnológica para que as empresas estejam preparadas e consigam se adaptar, aproveitando plenamente as oportunidades oferecidas pelo ambiente digital.
Para evoluirmos, é necessário fazer uma avaliação detalhada do estado atual da estratégia, infraestrutura tecnológica, sistemas, processos e cultura digitais. Também é preciso trabalhar no desenvolvimento e na atualização das estratégias em TI, para nos certificarmos de que estejam alinhadas aos objetivos e necessidades da organização, definindo uma visão clara dos recursos tecnológicos necessários para alcançar os principais objetivos.
Etapas fundamentais, como estabelecer uma estrutura de governança em TI eficaz e implementar soluções para coletar, processar e analisar informações relevantes para o negócio, requerem a avaliação da infraestrutura e das soluções de software da empresa, além de analisar se elas são capazez de suportar a elasticidade das demandas atuais e futuras.
Ao tratarmos da automação, será necessário conhecer e identificar todos os processos manuais que poderão ser automatizados, compreendendo a implementação de BPM, RPA ou criando sistemas mais simples de fluxo de trabalho, capazes de automatizar tarefas rotineiras, aumentar a eficiência e reduzir erros.
Outro ponto importante, ao analisarmos a maturidade tecnológica, está voltado para a segurança da informação, que exige o acompanhamento de tendências que possam garantir a proteção dos dados e sistemas da empresa, por meio de medidas de segurança adequadas, como o firewall, a criptografia, a autenticação multifator, a LGPD, as políticas de segurança e o treinamento para conscientização dos funcionários.
Neste último ponto, relacionado ao fator humano, que vem sendo foco dos cibercriminosos, é preciso conscientizar os departamentos ligados às pessoas para desenvolver e capacitar os funcionários com as competências digitais adequadas; num mesmo nível de importância. A TI precisa identificar as habilidades e os conhecimentos necessários para trabalhar plenamente com todas as tecnologias disponíveis no mercado, buscando internamente o crescimento e a evolução profissional para otimizar o potencial interno e valorizar sua estrutura.
Por fim, mas não menos importante, um projeto que consiga trabalhar a maturidade tecnológica de maneira completa e 360° exigirá a criação de uma cultura de inovação, além do investimento em pesquisa para o desenvolvimento de tecnologias emergentes que possam impulsionar a competitividade da empresa num longo prazo.
Para que isso aconteça de maneira contínua, a busca por melhoria com o monitoramento, estabelecendo indicadores de desempenho e métricas para medir a eficácia das iniciativas de maturidade tecnológica, serão fundamentais para mensurar resultados e indicar ajustes com base nos dados obtidos.
A cada dia, temos uma necessidade ainda maior em desenvolvermos nossa maturidade tecnológica, de maneira sólida e com base para a aceleração digital. Porém, precisamos pensar amplamente e a longo prazo, incluindo diversos pontos exigidos na transformação digital, que vão de cultura e processos ao fator humano.
Mais do que interpretarmos como investimento obrigatório, precisamos encarar a maturidade tecnológica como um potencial para transformar estruturas, estratégicas e processos, com foco em inovação para impulsionar os negócios, gerar valor e obter vantagens significativas.
Carlos Carvalho é CEO da Truppe!
*Este texto reproduz a opinião do autor e não reflete necessariamente o posicionamento da Mercado&Consumo.
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