As operações de fusões e aquisições no Brasil encerraram 2021 com desempenho recorde, registrando 1.963 transações em 12 meses. Essa marca supera em 59% o total de 2019, que era, até então, o melhor ano da série histórica, com 1.231 negociações.
Feito peça KPMG, o estudo foi iniciado em 1996 e indicou ainda que o último trimestre do ano passado registrou recorde, com 602 negócios concluídos, o melhor da trimestre da história.
Do total de operações realizadas no ano passado, a maioria foi doméstica (1.289), ou seja, realizada entre empresas brasileiras. Em segundo lugar, estão as operações do tipo CB1 (581), seguida por CB4 (40), CB2 (39) e CB3 (9) e CB5 (5).
“Estes resultados consolidam a tendência de investimento em transformação digital e inovação protagonizados pelas companhias brasileiras e multinacionais, que têm feito aportes estratégicos em diversos segmentos de negócios”, afirma Luis Motta, sócio-líder de do M&A Proprietário da KPMG no Brasil.
Motta destaca que o resultado indica que a confiança em negócios relacionados com inovação permanece em uma rota crescente desde o início da pandemia, em 2020.
Ranking de negócios
Com relação aos segmentos de negócios, no acumulado de 2021, a liderança no ranking ficou para as companhias de internet, que realizaram 658 operações de fusões e aquisições durante o ano passado, representando 34% do total.
Na sequência, aparecem tecnologia da informação, com 358 negócios, representando 18%. Juntos, estes dois setores responderam por mais da metade do total de operações do Brasil.
O segmento de instituições financeiras também foi fortemente impactado por diversos tipos de transações (161). Finalizam o ranking as companhias de serviços (78), hospitais e laboratórios de análises clínicas (70) e mídia e telecomunicações (66), sendo este último setor fortemente impactado por transações em infraestrutura e conectividade para modelos inovadores.
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