As tendências de recrutamento para 2017 no Brasil

As contratações aumentarão em 2017 principalmente no setor de vendas, operações e administrativo, segundo pesquisa divulgada pelo LinkedIn nesta semana. O estudo, que traz as tendências de recrutamento para 2017, a partir de 331 entrevistas com líderes corporativos em atração de talentos, aponta que a equipe de recrutamento terá mais trabalho no ano que vem e irá focar, sobretudo, na qualidade das contratações.

Segundo a pesquisa, mais de 83% dos recrutadores brasileiros afirmam que talentos são a principal prioridade em sua organização e 40% deles dizem que o volume de contratações aumentará em 2017. Na avaliação dos recrutadores, é fundamental que a empresa tenha uma marca empregadora (mais de 73% reconhecem essa importância). Ter uma marca forte significa, de modo geral, realizar um conjunto de políticas de carreira, liderança e gestão, bem como de remuneração e ambiente de trabalho, que tornam a empresa atrativa. Do lado dos candidatos, as empresas atraem maior interesse quando falam sobre sua cultura, visão e os benefícios que oferecem.

E quais são funções a serem preenchidas com maior urgência nas empresas? 35% dos recrutadores apontam para profissionais da área de Vendas, 32% do setor de Operações, 24% de funções administrativas, 18% de engenharia e 16% de tecnologia da informação.

Desafios

A pesquisa aponta que o principal desafio para o setor de recrutamento será o de lidar com a limitação do orçamento (citado por 53% dos entrevistados). Outros 37% falaram em concorrência por talentos. No Brasil, segundo o LinkedIn, as equipes estão gastando menos com agências de recrutamento e mais em ferramentas específicas para recrutar – em comparação com o restante do mundo.

Nos últimos anos, líderes em talentos e RH do Brasil conquistaram um lugar importante na tomada de decisões sobre o futuro das empresas. 88% disseram que partipam de reuniões decisórias de modo periódico.

A pesquisa também mostra que os recrutadores vão olhar mais – através de sites e comunidades na internet – para saber se o candidato está alinhado a missão da empresa. Com essa estratégia, eles pretendem aumentar o índice de sucesso da contratação.  Eles medem o sucesso do trabalho que realizam através da satisfação dos gestores com os novos contratados (77%), do tempo que os contratados permanecem na empresa (55%) e do tempo necessário para preencher uma requisição de vaga (42%).

Quem indicou?

A pesquisa também mostra que as indicações de funcionários para preencher uma vaga na empresa têm ganhado importância. 60% dos entrevistados dizem que é através das indicações que eles realizam as contratações – contra 48% no nível global. “Um número cada vez maior de empresas está começando a desenvolver fortes programas de indicação, uma vez que funcionários indicados são fáceis de contratar, têm melhor desempenho e permanecem por mais tempo nas empresas”, analisa a pesquisa. Além disso, 50% dos recrutados brasileiros buscam em redes profissionais e mídias sociais e 37% em sites de terceiros ou empregos online.

Marca empregadora forte

A ideia de investir em criar uma marca forte para atrair talentos vem crescendo entre os recrutadores – mesmo que, segundo a pesquisa, apenas 13% gaste parte de seu orçamento com esse esforço. 73% dos gerentes de atração de talentos no Brasil concordam que sua marca empregadora tem um significativo impacto na capacidade de contratar talentos. Como eles têm dificuldades em obter recursos extras para fortalecer a marca, 36% deles afirmam que têm buscado ajuda com a área de marketing. Para 81% dos recrutadores, o melhor caminho para se investir em uma marca forte é através das redes sociais.

Tendência para 2020

Em um cenário que deve continuar levando a um quadro de funcionários e orçamento limitados – mas com demanda crescente por contratações – analisa o LinkedIn, a automação (para contratar) estará na lista de prioridades do setor. “A automação permitiria velocidade e removeria a parcialidade humana. Também geraria melhores formas de avaliar os candidatos em termos de competências interpessoais”, analisa a pesquisa.

 

Fonte: Época Negócios

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