UE abre investigação sobre subsídios a veículos elétricos produzidos na China

A investigação reflete a preocupação crescente da Europa sobre o impacto de produtos mais baratos da China na indústria doméstica do bloco

A Comissão Europeia abriu uma investigação sobre subsídios concedidos a veículos elétricos (EV, na sigla em inglês) produzidos por empresas chinesas, buscando ampliar a competição no bloco em meio à transição verde, anunciou nesta quarta-feira, 13, a presidente do órgão, Ursula Von der Leyen.

O braço executivo da União Europeia (UE) criticou o uso de subsídios do governo da China para apoiar “artificialmente” a expansão global de suas montadoras de EVs, com preços mais baratos do que rivais ocidentais, classificando o movimento como “práticas predatórias”. “Isso está distorcendo nosso mercado, algo que não podemos aceitar”, afirmou Von der Leyen. “Nossas indústrias e empresas de tecnologia gostam de concorrência, mas a concorrência só é verdadeira enquanto for justa”, acrescentou.

A investigação reflete a preocupação crescente da Europa sobre o impacto de produtos mais baratos da China na indústria doméstica do bloco. Contudo, a investigação não irá necessariamente resultar na imposição de tarifas. Depois de uma apuração inicial, autoridades da Comissão podem decidir impor tarifas provisórias, seguir investigando ou abandonar o assunto.

Após a notícia, o subíndice do Stoxx 600 para o setor automotivo chegou a saltar até 2%, mas perdeu fôlego, na sequência, e passou a recuar,

Fragmentação comercial

Von der Leyen, porém, demonstrou preocupação sobre riscos de fragmentação comercial com a China, maior parceiro comercial do bloco. Segundo ela, este é um dos tópicos em que ambos “podem e devem cooperar”, além de manter linhas de comunicação aberta, impedindo uma fragmentação e amenizando o risco em suas relações geopolíticas.

Em publicação no X, antigo Twitter, o vice-presidente executivo da Comissão Europeia, Valdis Dombrovskis, reforçou a mensagem de Von der Leyen sobre a investigação de EVs e a intenção de evitar uma fragmentação comercial.

“Viajarei para a China na próxima semana para discutir oportunidades e desafios de comércio e economia”, anunciou ele.

Com informações de Estadão Conteúdo.
Imagem: Shutterstock

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