A Comissão Europeia aplicou, nesta quinta-feira, 14, uma multa de 797,72 milhões de euros à Meta Platforms, controladora do Facebook, com a alegação de que a empresa norte-americana ilegalmente atrelou sua plataforma de anúncios classificados, conhecida como Marketplace, à rede social.
A Meta disse que irá entrar com recurso contra a multa da comissão, que é o braço executivo e órgão de fiscalização antitruste da União Europeia.
“Essa decisão ignora a realidade do próspero mercado europeu de serviços de listagem de classificados online”, reagiu a empresa.
Às 10h55 (de Brasília), a ação da Meta operava em modesta baixa de 0,20% no pré-mercado de Nova York.
“Perseguição” do bloco europeu
Não é de hoje que a Comissão Europeia tem sido implacável com as grandes empresas de tecnologia, como Meta, Google e Apple, para citar apenas três líderes do setor.
Em janeiro de 2023, um órgão regulador de privacidade da UE decidiu que a Meta Platforms não poderia usar seus contratos com usuários do Facebook e do Instagram para justificar o envio a eles de anúncios com base em suas atividades online.
A DPC impôs multas de 390 milhões de euros à Meta, com o argumento de que a empresa violou as leis de privacidade da UE ao afirmar que os anúncios são necessários para executar contratos com os usuários.
O cerco avança enquanto a companhia, por sua vez, continua a investir pesadamente na oferta de anúncios, um negócio altamente rentável para a Meta e para os vendedores associados. Exemplo disso, é o lançamento da plataforma Behavior Insights, uma solução tecnológica que utiliza Inteligência Artificial (IA) preditiva para ajudar empresas a entender e prever o comportamento de seus clientes.
Desenvolvida em parceria com a Manfing, startup investida da Meta Ventures, a plataforma visa aumentar receitas em áreas estratégicas como vendas, operação e produção.
Com informações de Estadão Conteúdo (Sergio Caldas)
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