Falta de educação digital é desafio para mulheres empreendedoras

Tema foi discutido durante a 14ᵃ edição da Campus Party Brasil

Representando cerca de 47,8% dos CNPJs do Brasil, as mulheres que empreendem no País são, em sua maioria, micro e pequenas empreendedoras. A falta de educação digital e empreendedora, dificuldade de acesso a tecnologias economicamente acessíveis e trilhas educacionais que possibilitem autonomia digital são alguns dos desafios que dificultam o crescimento e a digitalização de seus negócios.

Esse foi um dos temas apresentados no palco Login durante a 14ᵃ edição da Campus Party Brasil, que acontece até esta terça-feira, 15, no Anhembi. “As mulheres foram as mais impactadas com o desemprego e acúmulo de tarefas domésticas durante a pandemia. O empreendedorismo feminino cresceu durante o período por necessidade, não por oportunidade”, afirma Thayane Belchior, CEO do Comprando Delas.

De acordo com Thayane, essas mulheres entram no universo online dotadas apenas de suas experiências como consumidoras. Muitas delas possuem ainda pouca ou nenhuma capacitação digital. Nesse cenário, é importante que essa parcela tenha acesso a ferramentas que possibilitem sua instrução no universo online e consigam empreender e consolidar os seus negócios no e-commerce “Não adianta democratizar o acesso à tecnologia sem investir em educação empreendedora e identificação digital”, diz.

Consumidor cada vez mais digital

O estudo ‘Marketplaces: Hábitos e tendências do consumidor brasileiro’, desenvolvido pela Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC) em parceria com a Toluna, aponta que 85% dos consumidores utilizam os marketplaces como principal plataforma de compras online.

Os canais digitais conquistam a preferência dos consumidores brasileiros que buscam otimizar suas compras através da facilidade para encontrar preços mais baixos, conveniência e ampla escolha de produtos e serviços.

Em um mundo cada vez mais digital e omnichannel, negligenciar os canais online significa, segundo Belchior, a falência de muitos empreendimentos. “O negócio online sobrevive sem  ter uma estrutura offline, mas o offline precisa estar online porque a forma, através dele, captamos, pesquisamos e entendemos um pouco mais sobre credibilidade”, explica.

A pandemia acelerou a digitalização da sociedade, que já sentia seu crescimento exponencial. Belchior conta que o empreendedorismo é uma ferramenta de transformação social em uma sociedade que sofre com o desemprego. As mulheres, segundo ela, possibilitam melhores condições para seus filhos e sua família quando seus negócios prosperam, incentivando um ciclo de prosperidade em seu meio.

“O poder da mulher no varejo está ligado e conectado à rede, à conexão com a comunidade, com mulher comprando de mulher e desenvolvendo suas habilidades de gestão. Não existe hora errada para empreender e se digitalizar, ninguém está atrasado”, pontua.

Imagem: Shutterstock

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