Trabalhador paga 68% mais caro ao optar pelo café expresso em vez do coado na hora do almoço

O custo do cafezinho está pesando mais no bolso do brasileiro com alta de 100% nos últimos dez anos

O café pode pesar um pouco mais nos gastos do trabalhador, a depender do tipo escolhido da tradicional bebida. De acordo com os dados da Pesquisa +Valor, realizada pela Ticket, o preço médio do café expresso ofertado após o almoço é vendido à média de R$ 6,01, valor 68% mais caro que o tipo coado, que custa em média R$ 3,58.

A depender da região, essa diferença pode chegar a 188%, como no Centro-Oeste, onde o tipo coado registrou a média de R$ 1,69, ante os R$ 4,88 do expresso. Já as regiões Sudeste e Norte lideram com o expresso mais caro, R$ 6,31 e R$ 6,24, respectivamente. O tipo coado tem o seu maior desembolso na Região Sul, por R$ 4,54 seguido da Norte, à R$ 4,50.

A pesquisa também traz a média geral do preço do cafezinho, que é o valor combinado entre os dois tipos, o expresso e o coado. O resultado revela que o desembolso com a bebida já corresponde a 10,3% do valor de uma refeição completa no horário do almoço. O preço médio da refeição a nível nacional é de R$ 46,60, que, além do café, inclui o prato, a bebida e a sobremesa.

A bebida, que de acordo com o estudo foi encontrada a um preço médio nacional de R$ 4,72 no último ano, já é 100% mais cara do que o valor de dez anos atrás. Em 2014, a xícara de café custava em média R$ 2,39. Além do custo ter dobrado, o incremento no preço também acelerou acima da inflação, que no simulado com a correção de acordo com o IPCA seria de R$ 4,04.

“Vale considerar que os estabelecimentos consideram no conjunto da composição do seu cardápio uma série de gastos, como locação, equipe, matéria-prima e outros itens que aumentaram de forma distinta além da inflação”, ressalta Natália Ghiotto, diretora de produtos da Ticket.

Onda de super calor

A previsão meteorológica para os próximos dez dias, a partir deste fim de semana, é de uma onda de calor intensa. Além da temperatura, sobe também o faturamento da gastronomia leve, dos estabelecimentos ao ar livre e que servem bebidas refrescantes – mais requisitados pelos clientes. A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes em São Paulo (Abrasel-SP) estima um crescimento de 15% a 20% nas receitas das casas com esse perfil na capital paulista entre sábado e domingo.

“O calor chama as pessoas para a rua”, afirma Leonel Paim, vice-presidente da Abrasel-SP. Segundo Paim, nesse período, aumentam as buscas por locais com mesas nas calçadas, por bares e restaurantes japoneses e de comida vegana e vegetariana.

Por outro lado, locais com foco gastronômico voltado para massas, comida brasileira mais pesada, como a feijoada, tradicionalmente servida aos sábados, ou pratos quentes, como os das casas de fondue, tendem a ter menos público no mesmo período.

Imagem: Shutterstock

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