Gastronomia leve pode faturar até 20% a mais com onda de supercalor que deve durar 10 dias

Clientes têm preferência por comida leve, bebidas refrescantes e ambientes ao ar livre, afirma vice-presidente da Abrasel-SP

A previsão meteorológica para os próximos dez dias, a partir deste fim de semana, é de uma onda de calor intensa. Além da temperatura, sobe também o faturamento da gastronomia leve, dos estabelecimentos ao ar livre e que servem bebidas refrescantes – mais requisitados pelos clientes. A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes em São Paulo (Abrasel-SP) estima um crescimento de 15% a 20% nas receitas das casas com esse perfil na capital paulista entre sábado e domingo.

“O calor chama as pessoas para a rua”, afirma Leonel Paim, vice-presidente da Abrasel-SP. Segundo Paim, nesse período, aumentam as buscas por locais com mesas nas calçadas, por bares e restaurantes japoneses e de comida vegana e vegetariana.

Por outro lado, locais com foco gastronômico voltado para massas, comida brasileira mais pesada, como a feijoada, tradicionalmente servida aos sábados, ou pratos quentes, como os das casas de fondue, tendem a ter menos público no mesmo período.

Para lidar com a oscilação climática dentro das estações já não tão definidas, os donos de bares e restaurantes buscam adaptar o cardápio com opções atraentes aos clientes dentro do seu segmento, conta o vice-presidente da associação.

Por exemplo, as casas de massa oferecem happy hour com espumantes e sangrias (coquetéis a base de vinho e frutas) no verão. Durante o inverno ou em dias frios fora de época, os restaurantes de comida japonesa, focam no lámen e nos pratos quentes, enquanto os de comida natural, em sopas em caldos.

“Sempre vamos nos adaptar”, garante Paim.

Tormentas

Para o setor de foodservice, o pior evento climático são as tormentas. Além de impedirem as pessoas de sair de casa, prejudicam o trânsito e podem levar a outros desastres, como na semana passada, em chuvas e ventos fortes ventos derrubaram árvores e postes em São Paulo e na Região Metropolitana, levando à interrupção da energia elétrica em mais de 2 milhões de imóveis na região por um período de 24 horas até 3 dias.

A Enel, empresa responsável pela distribuição da energia elétrica, não conseguiu realizar os reparos em 4 horas, como determina a agência reguladora do setor, a Aneel, e se tornou alvo de questionamentos de entidades de defesa do consumidor, da Promotoria de Justiça do Estado de São Paulo, da Prefeitura e do governo do Estado.

A Associação Comercial de São Paulo (ACSP) estimou até R$ 26 milhões de prejuízos ao comércio da cidade e da RMSP. Em nota emitida nesta quinta-feira, 9, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) calculou que as perdas ao setor alcançavam R$ 1,3 bilhão. O levantamento da federação levou em conta o aumento natural de faturamento aos finais de semana, quando os consumidores costumam ir às compras.

Com informações de Mercado&Food.
Imagem: Shutterstock

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