Tubarões e baleias, a silenciosa “guerra de egos e estratégias”: os novos desafios para os negócios

Com as novas possibilidades de trabalho e rentabilidades das quais o mundo tecnológico tem acentuado, nos vemos pertencer a um ambiente que tem peculiaridades que, se não forem compreendidas, podem significar riscos de perdas significativas em todo o processo de gestão, comunicação e efetivação de negócios. Uma vez que mergulhamos no “oceano” em busca de oportunidades de negócios, no mercado financeiro, ou ainda quando eles “migram” para o nosso ambiente em busca de possibilidades de investimentos.

Tínhamos certas habilidades desenvolvidas com os “tubarões”, egocêntricos, solitários e que reagem à fome ou a excitação do “sangue” – oportunidades – nas correntes marítimas, o que os tornam previsíveis, seletivos e especialistas.

Já as baleias estão sempre próximas, ainda que invisíveis. Não são incitadas a atacar, movem-se pela necessidade, seguindo as regras da oportunidade. Para o mercado, isso demonstra ser um comportamento “desapegado”, pois compram quando veem oportunidade na ação e vendem pelo conforto do menor esforço.

Ou seja, iniciamos a navegar em mares de “baleias”. Elas têm ações e estratégias insólitas, atacam em bandos, são lentas, imensas e movem muita energia à sua volta. Ainda que se alimentem, não são agressivas, o que limita grande parte das contra-argumentações de negócios. Elas são oportunistas, esperam que seus alvos estejam desapercebidos ou cansados para atacar e têm um “tempo” diferente das demais, onde preservam como regra a sua segurança. Dentro de sua própria zona de conforto, é neste ambiente que elas trazem seus oponentes para os embates.

Todas estas observações nos levam a confrontar tudo o que aprendemos sobre negócios, gestão e estratégia no mercado tradicional, já que compreendemos que as baleias têm comportamentos diferentes do corporativismo tradicional. São pessoas muito inteligentes, porém, sem a experiência de mercado, organização, processo e gestão das quais nos moldávamos em nossas interações de negócios.

Como atuar com estas pessoas, que vieram de um “mundo” do qual a lógica é seu padrão de comportamento dominante? Que são excelentes analistas, mas com “deficiências” em organização, fluxo de processos, tempo de demanda e gestão de relacionamentos? Que desenvolveram a capacidade de usar como ferramenta suas instabilidades emocionais – o que é diferente de ter equilíbrio emocional; tendo elas como ações estratégicas de comportamento que se manifestam em momentos oportunos.

Tudo isso será mais acentuado agora diante da nova realidade da tecnologia – os mundos do metaverso, onde múltiplas tecnologias uniram-se e formataram um novo ambiente de negócios, fora do convívio e da interação social.

Agora nos deparamos no terreno “deles”, ou seja, têm em seu benefício fatores dos quais determinam vantagens competitivas sobre nós. Compreender estas vantagens será a diferença entre ter ou não sucesso em negociações com eles. Pois, uma baleia espera a reunião do maior número de “possibilidades” para atacar. Ela vive em um mundo de oportunidades, com base na lei do menor esforço e totalmente isenta da influência que as emoções possam causar em suas tomadas de decisão.

Então, te pergunto: “Você, como empresário, gestor, estrategista, marketeiro ou executivo em esferas de decisão, está pronto para lidar com os comportamentos das baleias, que são as novas investidoras do mercado?”

Como manter-se vivo e fazendo negócios no oceano de baleias? Ou quais são os pontos-chaves de comportamento destas baleias, que podem redefinir os novos processos de negócios para o atual mercado? Como atualizar-se em um “mundo” que já foi online, digital, big data e que está se tornando metaverso?

Eu sei são questionamentos intrigantes, mas compreender e responder a eles pode significar teu sucesso.

Marcos Arneiro é life coach

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