Citando “o sofrimento humano desnecessário que se desenrola na Ucrânia”, o McDonald’s anunciou na terça-feira, 8, que fechará temporariamente 850 restaurantes na Rússia, segundo informações da CNBC.
O CEO Chris Kempczinski escreveu em uma carta aos franqueados e funcionários que a cadeia vai pausar todas as operações na Rússia, mas que continuará a pagar seus 62 mil funcionários no país. Suas Instituições de Caridade Ronald McDonald House continuarão a operar.
“Nos mais de 30 anos que o McDonald’s operou na Rússia, nos tornamos uma parte essencial das 850 restaurantes em que operamos. Ao mesmo tempo, nossos valores significam que não podemos ignorar o sofrimento humano desnecessário que se desenrola na Ucrânia”, escreveu Kempczinski.
A gigante de fast-food foi alvo de críticas por não ter se posicionado contra o conflito. Os restaurantes do McDonald’s na Rússia e na Ucrânia são responsáveis por 2% de suas vendas em todo o sistema, cerca de 9% de sua receita e 3% de sua receita operacional. Cerca de 84% das unidades russas do McDonald’s pertencem à empresa, enquanto o resto é operado por franqueados.
A rede abriu seu primeiro restaurante na União Soviética há 32 anos em Moscou, meses antes do estado entrar em colapso.
Outras redes
O anúncio do McDonald’s vem depois que a Yum Brands disse que suspenderia o desenvolvimento de restaurantes e investimentos na Rússia. O proprietário do KFC tem mais de 1.000 restaurantes na Rússia que representam cerca de 2% de suas vendas em todo o sistema.
A Starbucks ainda não parou nenhuma de suas operações russas, onde todos os seus cafés são administrados por franqueados. A cadeia de café tem cerca de 130 localidades na Ucrânia e Rússia. O CEO da rede, Kevin Johnson, condenou o ataque russo à Ucrânia e prometeu doar royalties de seus negócios russos para causas humanitárias na Ucrânia.
Com informações de CNBC
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