Com a chegada da pandemia, em março de 2020, bares e restaurantes de todo o mundo foram obrigados a migrar para um atendimento 100% digital para não fecharem as portas. Como muitos não estavam preparados para isso, os aplicativos foram uma saída instantânea. Com a reabertura e a retomada do setor de foodservice, em meados de 2021, a questão é como fidelizar o cliente do delivery?
“A dependência do delivery hoje é uma coisa que incomoda muitas redes. O desafio é conseguir formas diferentes, com programas de fidelidade, de trazer o cliente para comprar direto com a marca e não depender tanto de terceiros para aumentar a sua rentabilidade”, afirma Gabriela Conrado, global key account manager da Menu, plataforma de tecnologia para restaurantes.
De uma hora para outra, além da dependência do delivery, os operadores tiveram que gerenciar as vendas e os resultados de diferentes canais. Foi justamente na pandemia que a Menu viu seu negócio deslanchar, quando passou a trabalhar com o Restaurant Brands International, que tem mais de 1.100 lojas no mundo, entre as marcas da Burger King e Popeyes.
“A pandemia foi quando tivemos o maior crescimento, principalmente pela demanda que era o maior desafio dos restaurantes, com as lojas fechando. Não substituímos o tráfego que eles tinham antes da pandemia, mas reduzimos o impacto das portas fechadas”, afirma Francisco Molina, head of sales da empresa.
Chegada no Brasil
Com foco em grandes e médias redes, com mais de 50 lojas, a empresa desenvolve diferentes soluções de tecnologia de atendimento e gerenciamento para os operadores de foodservice.
A Menu foi criada como um aplicativo, em 2014, por um adolescente de 14 anos na Suíça, que ficou incomodado em ter que esperar o garçom para pagar a conta. A empresa foi se desenvolvendo ao longo dos anos e se tornando uma solução sistêmica completa para várias redes e marcas globais, mas hoje o foco principal é de oferecer soluções white label para grandes redes.
A empresa lançou uma subsidiária no Brasil neste ano e estuda as particularidades do mercado brasileiro de foodservice para fazer adaptações. “Há um ponto interessante do mercado brasileiro em si. Muitas vezes, o que é pequeno e médio no Brasil já é grande num modelo europeu”, explica Gabriela.
Para isso, a empresa está fazendo adaptações no modelo especialmente para o Brasil “Da parte comercial estamos avaliando um modelo de preço diferenciado para o Brasil e da parte técnica estamos conversando com parceiros com experiencia no mercado para proporcionar uma implementação mais íntegra “, diz Molina.
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