As vendas diretas cresceram 9% entre janeiro e outubro de 2020, segundo dados da Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas (ABEVD), que reúne as maiores empresas do setor. Já o número de empreendedores independentes saltou 11% no mesmo período.
O resultado positivo em meio à crise de gerada pela pandemia de Covid-19 é explicado, de acordo com a associação, pela transformação total pela qual o setor passou no ano passado, migrando definitivamente para o meio digital.
“Já vínhamos incentivando a força de vendas para o uso de ferramentas digitais na divulgação e venda de produtos. Com a possibilidade de a venda ser feita de forma digital, não há mais barreiras. O relacionamento, o cuidado e o carinho da venda direta podem acontecer online, com conquista de mais clientes e maior divulgação dos produtos. Se as relações estão cada vez mais digitais, a venda direta segue esse caminho e encontrou solo fértil para crescimento”, afirma a presidente executiva da ABEVD, Adriana Colloca.
Por meio da chamado social selling, que foi impulsionada principalmente pela necessidade do isolamento social, a divulgação, a escolha e a compra do produto são feitos online. Isso pode ocorrer por meio de relacionamento via redes sociais e termina na entrega do produto na casa do cliente, por exemplo, sem a necessidade de encontro físico.
Para a ABVED, por causa dessa transformação online, o ano de 2020 pode ser considerado um divisor de águas no segmento. A expectativa é de que o movimento se intensifique em 2021, abrindo novas perspectivas de atuação para os empreendedores individuais.
“Nesse momento, de tanto desemprego e queda no poder aquisitivo, a venda direta é uma ótima oportunidade de empreender, com flexibilidade de horário, sem chefe, com grande variedade de boas marcas e produtos e baixo custo de entrada. Formou-se uma rede de empreendedorismo social, com toda a capilaridade que é característica do setor, dinamizando o poder de alcance desse modelo de negócio”, diz Adriana.
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