LuzIA, assistente virtual espanhola, deixa o WhatsApp devido aos custos da plataforma

Depois de conquistar mais de 20 milhões de usuários, o chatbot está disponível apenas em aplicativo próprio

Ao abrir o WhatsApp para retomar a conversa com LuzIA, a assistente virtual emitiu um comunicado instantaneamente: “No momento, não estou disponível no WhatsApp devido aos custos da plataforma”. Em seguida, questiona o usuário sobre o desejo de continuar a conversa e utilizar os recursos da ferramenta gratuitamente e orienta para baixar o seu aplicativo e continuar a conexão a partir daí. E se o “interlocutor” seguir por esse caminho, encontrará Luzia renovada e com 20 funcionalidades.

Dois meses atrás, a MERCADO&CONSUMO conversou com o chatbot que se tornou um fenômeno global oito meses após o lançamento. Nascida como startup espanhola, em 2023, a assistente virtual integrada ao WhatsApp atingiu mais de 20 milhões de usuários em 40 países.

No mesmo período, entre março e novembro, a empresa registrou 3 bilhões de solicitações de pessoas nas interações online. O total de mensagens trocadas equivaleria à reescrita da saga completa de Harry Potter 18 mil vezes.

O sucesso foi uma consequência da motivação para a sua existência: a assistente foi criada para pessoas comuns e para ser acessada em plataformas conversacionais e intuitivas, que não exigem conhecimento tecnológico.

Aplicativo só da LuzIA 

Na própria mensagem de WhatsApp, a IA compartilha um link para a play store do Google ou da Apple. Na versão para Android, são pelo menos 5 milhões de downloads registrados desde o lançamento na plataforma, em dezembro de 2023. Também ocupa o topo da lista entre os apps de entretenimento grátis mais baixados para iOS, à frente do TikTok, por exemplo, na data de consulta, na segunda-feira, 20.

Com 20 funcionalidades – ou personalidades artificiais -, o aplicativo ampliou os serviços realizados pela Inteligência Artificial e manteve o mesmo sistema de interação das trocas de mensagens feitas via WhatsApp. Apesar de não existirem emojis, por exemplo, a troca de mensagens pode ser feita por áudio. A fala é transcrita quase simultaneamente e LuzIA responde com mensagem texto.

A LuzIA antiga – de 2 meses atrás – resumia textos, traduzia para o inglês, explicava alguns conceitos e até sugeria restaurantes ou lojas com base em avalições, por ocasião de consumo e proximidade da localização do usuário. A assistente atual, no entanto, entende de finanças, de Direito e pode ajudar a cumprir objetivos fitness, a estudar e fazer marketing pessoal ou organizacional.

Funcionalidades:

  • Guru das finanças: orienta como melhorar as finanças pessoais e oferece dicas de investimento;
  • Conselheira legal: oferece aconselhamento jurídico em qualquer área;
  • Professora multilingue: ensina vários idiomas;
  • Sua amiga: a assistente  se oferece como amiga confidente;
  • Luzia a sabe-tudo: informa as últimas notícias ou curiosidades;
  • Coach pessoal: na verdade, é uma personal trainer que ajuda com objetivos fitness;
  • Personal shopper: a assistente de compras ajuda a encontrar produtos com os melhores preços, compartilha ideias e recomendações por ocasião e necessidade;
  • A professora: auxilia nos estudos sobre qualquer área;
  • Buddha: conversa mais espiritualizada, focada em frases motivacionais, positivas e de autoajuda;
  • Professora de inglês: a tutora auxilia no aperfeiçoamento do idioma mais falado no mundo por nativos e não nativos;
  • Especialista em entretenimento: oferece dica de livros, filmes e atividades de diversão e lazer, de acordo com o seu perfil;
  • Luzia meteorologista: informa sobre o clima; e
  • Perito em marketing: sugere posts e estratégias de divulgação em redes sociais, por exemplo.

Para atender a essas diferentes demandas, o bot utiliza soluções apresentadas no mercado pela OpenAI e Kandinski, por exemplo. Para texto, Luzia utiliza o GPT 3.5, para transcrições de áudio, o Whisper, e para a criação de imagens a partir de descrições, o Stable Diffusion.

Investidores

O sucesso do produto atraiu a atenção de investidores externos do Vale do Silício, na Califórnia, Estados Unidos, região conhecida como o principal polo de desenvolvimento tecnológico mundial e berço de companhias como Google, Meta e Apple.

Em setembro do ano passado, recebeu US$ 10 milhões em investimentos de Paul Gasol, ex-NBA, e do fundo do Vale do Silício Khosla Ventures.

Imagem: Reprodução/MERCADO&CONSUMO

Relacionados Posts

Próxima Postagem

REDES SOCIAIS

NOTÍCIAS

Bem vindo de volta!

Entre na sua conta abaixo

Recupere sua senha

Digite seu nome de usuário ou endereço de e-mail para redefinir sua senha.

Add New Playlist